
O Rio de Janeiro continua, nesta quarta-feira (10), em estágio de crise em decorrência das fortes chuvas que atingem a cidade desde segunda-feira (8). Dez pessoas morreram devido à tempestade, considerada pelo sistema Alerta Rio, da prefeitura, como a maior dos últimos 22 anos.
A previsão para esta quarta é de chuvas fracas a moderadas com possibilidade de pancadas fortes em alguns momentos. Durante a madrugada, os bairros mais atingidos foram Ilha do Governador, com 69,2 milímetros de chuvas, e Tijuca, com 44,8 mm.
Ainda há várias ruas alagadas e bolsões de água. Quedas de árvores também foram registradas, o que dificulta o trânsito em vários pontos.
A Avenida Niemeyer permanecerá fechada para avaliação dos técnicos do Instituto de Geotécnica do Rio (Geo-Rio) sobre riscos de desabamentos. A Rua Jardim Botânico foi limpa e liberada, assim como o Túnel Rebouças.
No Alto da Boa Vista e na Estrada Grajaú Jacarepaguá, equipes trabalham para liberar as vias. A Lagoa tem bolsões em alguns pontos, como no Parque da Catacumba, e a expectativa é de que o nível da água baixe durante a madrugada.
O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, anunciou que, na quinta-feira (11), haverá um mutirão de serviços no bairro Jardim Maravilha, em Guaratiba, na zona oeste, para atender cerca de 100 famílias atingidas pelo temporal.
As famílias estão ilhadas e muitas delas tiveram de deixar suas casas, porque o nível das águas não baixa e os moradores estão sem condições de cozinhar, tomar banho e utilizar os banheiros. Serão distribuídas cerca de 240 cestas básicas para os moradores.
Aulas retomadas
Crivella informou que as escolas municipais voltam a funcionar nesta quarta, após a dificuldade de acesso aos locais nos últimos dias. Cerca de 500 profissionais da prefeitura atuaram na limpeza e reparos das escolas, resolvendo problemas de alagamentos.