A Justiça do Paraná decretou a prisão preventiva de três funcionários do Centro de Encomendas Internacionais dos Correios, em São José dos Pinhais, que foram detidos temporariamente em 28 de fevereiro. De acordo com a Polícia Federal (PF) em Curitiba, a decisão ocorreu depois de terem sido realizados interrogatórios, análise do material apreendido e indiciamento dos acusados.
"A PF apurou que os trabalhadores violavam correspondências e desviavam seus conteúdos, em especial drogas sintéticas enviadas ilegalmente do exterior para o Brasil", explicou, em nota, a assessoria do órgão.
Os investigados foram indiciados pelos crimes de peculato e associação criminosa. A denúncia partiu da própria empresa, que identificou as irregularidades e acionou a PF.
A prisão temporária tem duração de cinco dias, prorrogáveis por mais cinco, e ocorre durante a fase de investigação do inquérito policial, para coleta de provas. A preventiva, prevista no Código de Processo Penal, não tem prazo pré-definido e pode ser decretada em qualquer fase da investigação policial. A medida é adotada quando há evidências de crime, para evitar que o réu continue a atuar fora da lei ou atrapalhe o andamento do processo.
A prisão temporária perderia efeito no domingo (3), por isso o pedido dos investigadores foi encaminhado à 12ª Vara da Justiça Federal na última sexta-feira (1º).
Em nota, os Correios explicaram que os empregados terceirizados envolvidos no esquema serão desligados, enquanto os concursados serão submetidos à corregedoria interna.