A Defesa Civil de Minas Gerais divulgou, na noite desta quinta-feira (31), que subiu para 110 o número de mortos após rompimento de barragem e Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, na última sexta-feira (25). Ao todo, 238 pessoas seguem desaparecidas. Desses 110 mortos, 71 foram identificados.
O balanço de quarta-feira (30) apontava 99 mortos e 259 desaparecidos. Nesta quinta-feira, as forças de segurança entraram no sétimo dia de buscas e a esperança de encontrar sobreviventes diminuiu.
O porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, tenente Pedro Aihara, informou que a corporação segue com 18 pontos de atenção na região. Aihara destacou que os corpos encontrados até o momento estavam em localidades superficiais. Agora, segundo o tenente, as buscas devem entrar em uma fase mais difícil, onde manobras de escavação e de estabilização do terreno deverão ser empregadas. Aihara disse que os corpos encontrados nesta quinta-feira são de pessoas que estavam no refeitório da mina durante o desastre:
— Os corpos que foram encontrados hoje dizem respeito, principalmente, a vítimas que são do refeitório e também de áreas limítrofes.
O tenente afirmou que a barragem está estável, mas que os bombeiros seguem monitorando o local em razão da possibilidade de mais chuva na região nas próximas horas.
— A barragem está estável. Não oferece risco de rompimento. O fator de segurança dela, inclusive, foi aumentado. A operação de bombeamento continua. Nó continuamos com a preocupação na barragem, considerando a possibilidade de chuva, mas o esvaziamento que avança bastante, coloca uma situação muito mais segura.
Cadastro para doações
A Vale começou nesta quinta-feira (31) o cadastro de pessoas que têm parentes mortos ou desaparecidos após o rompimento da barragem Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG). A empresa informou que pagará às famílias R$ 100 mil por pessoa desaparecida ou morta. Segundo a Vale, o repasse é uma doação.
Buscas
Nos dois últimos dias, segundo o Corpo dos Bombeiros, as buscas se concentraram onde ficava o antigo refeitório da Vale. É realizado monitoramento na área por onde os rejeitos se espalharam, coberta a partir de grupos distribuídos em 18 pontos. Há locais em que a lama se acumula a 10 metros de profundidade.
Na quarta, tropas enviadas de São Paulo começaram a atuar em seis pontos de monitoramento. As atividades também foram reforçadas por 58 voluntários, que ficam nas imediações e contribuem na verificação de vestígios de corpos.