O prefeito Daniel Guerra (PRB) suspendeu temporariamente o processo de reintegração do prédio do clube de mães Santa Rita de Cássia, no bairro Desvio Rizzo, em Caxias do Sul. A decisão ocorreu após Guerra se reunir com cerca de 40 mães que realizaram uma manifestação junto ao gabinete dele na tarde desta terça-feira (18).
De acordo com o comunicado enviado pela assessoria de imprensa do prefeito no fim da noite, a suspensão é por tempo indeterminado e se baseia nos argumentos apresentados pelas mulheres durante o encontro. A partir da decisão, a prefeitura pretende identificar qual a contribuição da comunidade na época da construção do prédio, que fica em uma área do município. Outro objetivo é entender porque a associação não detém a posse formal do imóvel.
O clube de mães foi notificado a deixar o espaço para que o município implantasse uma creche com 90 vagas para aumentar a oferta na educação infantil. Segundo a Secretaria da Educação, o Desvio Rizzo tem atualmente um déficit de 500 vagas.
Apesar do recuo do município, a vice-presidente da Associação de Clubes de Mães de Caxias do Sul (ACMCS), Marlene Capra Panazzolo, afirma que a intenção é manter a mobilização porque a suspensão do processo é apenas temporária.
— Talvez ele queira que baixe a poeira e a gente se desmobilize, mas não vamos nos desmobilizar. Estamos satisfeitas porque ele esta revendo uma posição e, quem sabe, encontramos juntos uma solução? — projeta Marlene.
Na próxima terça-feira (25), representantes da entidade farão um pronunciamento na sessão da Câmara de Vereadores. Também na terça está prevista uma visita da secretária de Educação, Marina Matiello ao clube de mães Santa Rita de Cássia. No encontro está previsto a apresentação, por parte de moradoras do Desvio Rizzo, de sugestões de locais para a instalação de uma nova escola de educação infantil no bairro. O levantamento foi solicitado por Guerra na reunião desta terça.
Embora o clube de mães Santa Rita de Cássia tenha conseguido mais tempo para permanecer no imóvel, a Associação de Clubes de Mães de Caxias do Sul (ACMCS) afirma que 10 entidades correm o risco de ter que deixar os espaços onde funcionam atualmente.