O Departamento de Trânsito do Rio de Janeiro (Detran-RJ) informou, na manhã desta sexta-feira (19), que Antonio de Almeida Anaquim, 41 anos, que dirigia o carro que atropelou 18 pessoas na noite da quinta-feira (18) na Praia de Copacabana, negou ter qualquer doença neurológica, inclusive epilepsia, durante seu exame de validação médica para obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
A autarquia também afirmou que Anaquim estava com a CNH suspensa desde 2014, mas não cumpriu a exigência de devolução do documento para realização de curso de reciclagem.
Pessoas com epilepsia podem ter carteira de motorista, segundo o Detran. Contudo, para ter a CNH validada, esses condutores precisam passar por uma avaliação neurológica. Quando considerados aptos para dirigir, o exame médico terá validade menor, segundo avaliação médica. Esses motoristas só poderão ter a CNH na categoria B — que só permite dirigir carros.
O Detran do Rio informou que, por cometer um crime de trânsito ao dirigir com a carteira suspensa, o motorista terá sua documentação cassada, "como determina a legislação federal de trânsito".
Segundo testemunhas, Anaquim teria perdido o controle de seu carro, por volta das 20h30min, na Avenida Atlântica. O automóvel invadiu a calçada e a faixa de areia.
Uma bebê de oito meses morreu no acidente. Outras 17 pessoas ficaram feridas.
Anaquim afirmou à Polícia Civil ser epilético e ter sofrido um desmaio enquanto dirigia. A reportagem não conseguiu localizar a defesa dele até o fechamento desta matéria.