Importante obra para o cenário da mobilidade urbana de Santa Maria e do Centro do Estado, a Travessia Urbana – que prevê a duplicação de 14 quilômetros das BRs 158 e 287 – deve ter, em 2018, R$ 31,5 milhões. O valor é menos da metade do que foi aplicado, até o momento, na obra: R$ 69 milhões.
Em entrevista a GaúchaZH na manhã desta segunda-feira (20), superintendente do Dnit-RS, Hiratan Pinheiro da Silva, disse que, para o próximo ano, a obra terá recursos para, no máximo, cinco meses de serviços:
_ O que consta no projeto de Lei Orçamentária Anual é a cifra de R$ 31,5 milhões. Esse é o valor para 2018 e que, agora, requer aprovação do Congresso. E, depois, então, poderemos saber se esse valor será integralmente liberado ou não. Este valor, é importante dizer, pode sofrer aumento ou redução.
Leia mais:
Primeiro viaduto da Travessia Urbana de Santa Maria tem trânsito liberado
Obra da Travessia Urbana de Santa Maria, iniciada em 2014, está 40% concluída
O valor, se confirmado para o próximo ano, garantirá no máximo cinco meses de trabalhos de duplicação, conforme Hiratan. Ainda de acordo com o superintendente, é possível que as obras comecem em fevereiro e parem logo ali em diante:
_ As construtoras poderiam, em tese, dar férias aos servidores em janeiro e, depois, em fevereiro retomar os serviços. E, aí, as obras seguiriam por, no máximo, mais quatro meses.
Segundo o superintendente, para que as obras não parassem, em 2018, seria necessária a liberação de, pelo menos, R$ 69 milhões – verba que foi aplicada neste ano:
_ Sem isso, ficará difícil dar um ritmo satisfatório à obra.
Para não parar
Neste ano, o superintendente destaca que foram aplicados R$ 69 milhões. Mas, segundo ele, para que as obras não parem no próximo mês haveria a necessidade de uma suplementação na verba. Ou seja, uma aplicação mínima de R$ 5 milhões em dezembro para dar sequência aos serviços.
_ Se não houver suplementação já para o próximo mês, há, sim, o risco de as obras pararem. Podemos ter uma redução plena dos ritmos das obras. Precisaríamos de, no mínimo, R$ 5 milhões para manter os trabalhos de duplicação. Mas é claro que o ideal ficaria entre R$ 10 milhões e R$ 15 milhões para o próximo mês. Sem dúvida, por tudo isso, haverá atraso na obra já que o orçamento é a variável que mais afeta o prazo final de conclusão da obra.
