Centenas de pessoas reuniram-se em frente ao Santander Cultural na tarde desta terça-feira (12) para protestar contra o fechamento da exposição Queermuseu: Cartografias da Diferença na Arte Brasileira, acusada por entidades como Movimento Brasil Livre (MBL) de fazer apologia da zoofilia e da pedofilia, além de blasfemar símbolos religiosos.
O ato, organizado pela ONG Nuances e apoiado por diversas entidades, começou por volta das 15h30min na Praça da Alfândega. Ao longo da tarde, o evento teve manifestações pacíficas — com performances artísticas, com obras de nomes importantes, como a pintora e escultura Lygia Clark (1920-1988) — e discursos de entidades LGBT.
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Logo no início, o ato foi marcado por confrontos com manifestantes favoráveis ao fechamento da exposição – não é possível afirmar, porém, a ligação de nenhum deles com o MBL –, que foram expulsos e retornaram depois das 18h, quando a tropa de choque da Brigada Militar foi acionada.
Com os ânimos aflorados, houve troca de ofensas e agressões entre os grupos. Pelo menos duas pessoas ligadas ao ato foram detidas, entre elas um homem não identificado, que chegou a ser arrastado no chão por soldados da BM. De acordo com o tenente Claudiomiro Tavares, o detido foi arrastado por resistir à prisão.
Os policiais jogaram bombas de efeito moral contra os manifestantes e protegeram um pequeno grupo favorável ao fechamento da mostra. O grupo foi vaiado e chamado de fascista.
Veja como foi o protesto: