Um aplicativo para aproximar futuros pais dos futuros filhos e contribuir para a redução da fila de adoções no Estado. Essa é a meta do convênio firmado, nesta terça-feira (19), entre o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e o Ministério Público Estadual.
A plataforma, que já deve ter um protótipo em 2018, vai reunir informações das crianças e adolescentes aptos à adoção, como fotos, características e até mesmo suas expectativas. Atualmente, só é possível ter acesso a dados como nome, idade, sexo, raça, condições de saúde e situação jurídica por meio de uma planilha no site do TJRS.
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De acordo com o Judiciário, são 602 crianças e adolescentes na espera por uma família. Mas a fila de quem está disposto a adotar é nove vezes maior: são 5.461 interessados. O problema é que, muitas vezes, a criança não se enquadra no perfil buscado.
Quem mais demora a conseguir uma família são maiores de 10 anos, aquelas que sofrem de algum problema de saúde e quem têm irmãos na mesma situação. O aplicativo vem, justamente, com a intenção de flexibilizar o perfil desejado para adoção.
Conforme o TJRS, as informações e imagens estarão armazenadas em uma área de acesso restrito, cujo conteúdo estará disponível apenas às pessoas habilitadas à adoção, mediante cadastro e solicitação de acesso, que será fornecido pelo Poder Judiciário. Haverá ainda um espaço destinado ao público em geral, com dados básicos e sem identificação das crianças e adolescentes cadastradas no aplicativo, com informações envolvendo a infância e juventude em geral.