Em entrevista ao programa Timeline desta quinta-feira (20), o presidente do Grupo RBS, Eduardo Sirotsky Melzer, falou sobre a relação de Paulo Sant'Ana com a sua família e com o Grupo RBS. Segundo Melzer, a ascensão da RBS tem a participação direta de Sant'Ana, que atuou em todas as mídias da empresa:
– O Sant'Ana entrou na RBS em uma época em que a empresa não era o que é hoje. Muito do que somos hoje, ele ajudou a construir. Ele foi uma figura muito importante para fazer com que a RBS pudesse atingir a posição de liderança que ocupa hoje.
Duda Melzer também guarda causos protagonizados por Pablo ao longo dos anos de convivência:
– Todos sabiam que o Sant'Ana era diabético, e nos reuníamos para fazer churrascos aos domingos antes dos jogos do Grêmio e ele sempre servia um prato gigantesco de doces, coisa que ele não podia fazer.
Sobre essa quinta-feira de despedidas, Duda acredita que essas lembranças são mais uma parte do grande legado de Sant'Ana:
– À medida que vamos relembrando essas histórias todas, temos uma chama de alegria, de vontade de homenageá-lo e de compartilhar todas essas memórias que ele deixou pra gente.
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Pedro Sirotsky, um dos acionistas do Grupo RBS, também se manifestou, ressaltando que as memórias felizes deixam o momento do luto mais leve:
– Recebemos esta triste notícia, mas, se tratando do Paulo, do Pablo, por mais tristes que estejamos, temos uma sensação de felicidade pelas lembranças. Por ouvir todas as pessoas, todas as histórias incríveis da vida do Sant'Ana.
O vice-presidente editorial do Grupo RBS, Marcelo Rech, destacou a qualidade da produção do cronista:
– Sant'Ana teve um papel único no jornalismo e na sociedade gaúcha. Ele conseguia traduzir como ninguém a voz das ruas por meio de um linguajar singular e de um texto impecável. Podia-se discordar dele, mas jamais ignorá-lo. Sua voz e seus escritos vão ressoar para sempre.
* Zero Hora