As bilheterias no acesso aos Parques Nacionais dos Aparados da Serra e da Serra Geral, em Cambará do Sul, seguem sem operar nove meses após o fim do contrato do governo federal com a empresa responsável pelo serviço. As áreas reúnem dois dos cânions mais conhecidos da região, o Itaimbezinho e o Fortaleza.
Os dois parques são administrados pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICM-Bio), ligado do Ministério do Meio Ambiente. Em outubro, o encerramento de uma série de contratos deixou os pontos turísticos sem serviços de limpeza, controle de estacionamento, vigilância, motoristas e bilheteria. A visitação das áreas só foi mantida devido à mobilização de voluntários de Cambará e de municípios vizinhos.
De acordo com o presidente da Associação dos Empreendedores Turísticos de Cambará do Sul (Aeturcs), Paulo Ferretti, os serviços de limpeza, estacionamento e vigilância já foram regularizados. O transporte, no entanto, é mantido pela prefeitura de Cambará até que uma licitação seja lançada. A retomada da bilheteria também depende de licitação, que está prevista desde o início do ano.
Conforme Ferretti, a intenção do ICM-Bio é conceder a administração do parque a organizações privadas para que os recursos arrecadados sejam usados em investimentos na própria área. Enquanto isso, de um a três voluntários seguem auxiliando as equipes dos parques na recepção e limpeza de trilhas. Nas últimas semanas, a ocupação dos hotéis da região tem registrado ocupação de quase 100%.
Ao todo, os parques recebem cerca de 200 mil visitantes por ano. A reportagem entrou em contato com ICM-Bio, mas ainda não obteve retorno.