Um total de 568 pessoas se inscreveram no primeiro dia de registros de consumidores de maconha legalizada no Uruguai. Segundo o Instituto de Regulação e Controle da Cannabis (IRCCA), o registro permitirá a compra da erva em farmácias.
O número, publicado no site do instituto, se soma ao de 6.617 autocultivadores, que plantam em suas casas, e ao de 51 clubes de cultivo cooperativo autorizados pelo Estado, cada um com até 40 sócios, em um país de 3,4 milhões de habitantes.
O registro ante o órgão estatal, que começou na terça-feira, é o último passo na implementação de uma lei que regula o mercado da maconha com fins recreativos no Uruguai, aprovada em 2013.
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Deste modo, o país sul-americano se torna o primeiro do mundo no qual o Estado fiscaliza a produção e venda de maconha por parte de entes privados.
A lei de Regulação da Cannabis habilita três mecanismos para ter acesso à droga legalmente: o autocultivo em lares, o cultivo cooperativo em clubes e a venda de maconha produzida por entes privados controlados pelo Estado através de farmácias.
Os consumidores devem optar por um mecanismo à sua escolha e não podem se inscrever em mais de uma alternativa, embora possam mudar de uma para outra.
O preço do grama da maconha em farmácias locais será de 1,30 dólares, e cada consumidor terá direito a comprar até 10 gramas por semana para uso recreativo.
O governo espera que em 60 dias a maconha produzida por duas empresas privadas em terrenos públicos com segurança perimetral estatal esteja disponível para comercialização, em um mecanismo inédito que, segundo as autoridades, está destinado a combater o tráfico ilícito.