Quase um século e meio depois da chegada dos primeiros italianos ao Brasil, milhares de seus descendentes sonham em fazer o caminho inverso dos antepassados e dar adeus ao país que um dia foi sinônimo de prosperidade para europeus que fugiam de uma terra castigada pela fome e pela miséria. Somente em 2017, o Consulado Geral da Itália em Porto Alegre deve conceder 7 mil cidadanias a residentes no Rio Grande do Sul, o equivalente a mil famílias. Desse total, 64% ou 4,5 mil são somente para a Serra, e 2,5 mil para a Capital e Região Metropolitana.
É o dobro do ano passado e quase três vezes mais do que 2013, por exemplo. Apenas em 2007 e 2008 houve tanta procura como agora. Especialistas que trabalham com o tema, inclusive advogados brasileiros que fazem o processo de reconhecimento da dupla nacionalidade na Itália, consideram que houve uma forte retomada pela procura a partir de 2014 com o acirramento da crise política que levou ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, e um aumento ainda mais intenso nos últimos 12 meses com a baixa perspectiva de recuperação do país.
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