Com o objetivo de encontrar uma solução para o impasse envolvendo o reajuste salarial dos funcionários da Visate, o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Caxias tentou, novamente, marcar uma reunião com o prefeito Daniel Guerra (PRB). Por meio de um ofício enviado ao sindicato no final da manhã desta quarta, Guerra negou o encontro alegando que não cabe ao Executivo interferir nas relações entre empresa e empregados. Diante disso, o presidente da classe, Tacimer Kulmann da Silva, não descarta uma nova paralisação no transporte coletivo. Na manhã do dia 7, os ônibus não circularam durante três horas.
– O prefeito não quer nos ouvir. Ele já disse que não pode se meter, mas vai deixar assim mesmo? Não vai nos ajudar a pressionar, a resolver essa questão? A Visate alega que não pode repassar o aumento por causa do congelamento da tarifa sancionada por Guerra. Não adianta falarem que não podem aumentar o salário. Não vamos aceitar isso. Os funcionários estão esperando o reajuste há dois meses e não pode continuar assim. Não descartamos paralisar novamente, caso ninguém nos dê atenção na reunião desta quarta – adianta Silva.
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A reunião extraordinária ocorre às 18h desta quarta na Câmara de Vereadores e é organizada pela Comissão de Desenvolvimento Urbano, Transportes e Habitação (CDUTH). O encontro tratará sobre "Considerações sobre os Cálculos da Tarifa do Transporte Coletivo Urbano de Caxias do Sul.
O secretário municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade, Cristiano de Abreu Soares, disse que foi avisado da reunião pelo vereador Edio Elói Frizzo (PSB), mas adianta que não vai comparecer.
– O reajuste dos salários dos funcionários da Visate tem que ser desvinculado do poder público. Essa é uma questão entre a empresa e os funcionários. O valor da passagem não vai mudar. Sobre a paralisação, não temos um plano B. A cidade pararia, sim, com essa greve, mas conto com a cooperação e o bom senso da Visate – esclarece o secretário.