Um ano depois de decretar a intervenção no Hospital Arcanjo São Miguel, a prefeitura de Gramado prorrogou por seis meses o período em que a administração municipal estará à frente da gestão da instituição. A justificativa é a necessidade de continuar melhorias na estrutura e no atendimento. O decreto inicial, de 29 de fevereiro de 2016, teve como principal objetivo garantir o funcionamento da UTI e da emergência, que corriam risco de fechar.
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O interventor Jeferson Moschen, que também é secretário-adjunto de Saúde, disse que, ao longo do último ano, equipamentos foram substituídos ou receberam manutenção para garantir a qualidade do serviço. O prédio do hospital pertence à Associação Franciscana de Assistência à Saúde. Conforme Moschen, existe a intenção da prefeitura de comprar a estrutura para conter risco de diminuição de serviços que ocorreram, pelo menos, três vezes nos últimos anos.
Ele diz que a situação financeira do hospital de Gramado é até confortável, diferente de outras instituições da região que sofreram intervenção, casos de Farroupilha e de Canela. Em Gramado, a dívida é de R$ 5 milhões com o governo federal, que tem recebido pagamento regular. Há ainda passivos de ações judiciais, que estão sendo analisadas pontualmente. Para garantir o fluxo de caixa, a prefeitura emprestou R$ 1,2 milhões ao hospital. O valor será devolvido em 11 parcelas com retenção no momento do repasse do município à instituição.
No último ano, a prefeitura destaca ainda que o hospital aumentou o número de atendimentos. Gramado é hoje referência em traumatologia de média complexidade para os municípios de Linha Nova, Picada Café e Nova Petrópolis.