Quase um ano e meio depois de anunciada, a recuperação de 39,4 quilômetros entre Lajeado Grande e Tainhas, na Rota do Sol (RSC-453), sai do papel nesta quinta-feira. Às 11h, o governador José Ivo Sartori assina a ordem de início das obras, que custarão R$ 25,5 milhões e devem começar em até 30 dias. O montante é 25% maior do que o firmado em outubro de 2015 – R$ 20,6 milhões.
O preço aumentou por que, devido à demora, foi necessário incluir um aditivo para atualização dos valores. A previsão era que a autorização fosse liberada em janeiro deste ano. De acordo com o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), o projeto original estava inadequado e teve de ser 90% modificado.
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Ele faz parte do Programa Restauro, executado com recursos do Banco Mundial. O trecho, que vai do entroncamento com a ERS-476 (Lajeado Grande) até o entroncamento com a ERS-020 (Tainhas), receberá recapeamento asfáltico, melhorias na drenagem e nova sinalização. A empresa contratada é a Toniolo Busnello.
O diretor-geral do Daer, Rogério Uberti, acredita que não haverá grandes transtornos aos motoristas, que utilizam a rodovia para ir ao Litoral:
– Não vai ter muita dificuldade para circular. É uma das maiores empreiteiras do Brasil, tenho certeza de que vão trabalhar numa condição boa e personalizar os horários.
Uberti não fala em prazos para o término. Ele ressalta, porém, que "a empresa tem de se mobilizar". Fatores como as condições climáticas e o reembolso de recursos podem influenciar para mais atrasos. O diretor-geral do Daer explica que o projeto teve de ser alterado quase que totalmente porque ele era antigo:
– Às vezes você faz um projeto e demora quatro anos para ser licitiado. O pavimento muda completamente. Este (da Rota do Sol) estava desatualizado e não atendia toda a demanda do empreendimento. Num esforço conjunto com a empresa, chegamos num valor legal.
Além da recuperação, o trecho da estrada terá uma balança de pesagem – direcionada, principalmente, aos veículos que transportam madeira. O Programa Restauro prevê melhorias em 700 quilômetros de rodovias gaúchas. Ao contrário do Crema, a empresa que realiza a obra não fica responsável pela manutenção depois da conclusão, e sim o Daer.