Só resta a Jeferson Bueno se entregar à polícia ou tentar um habeas corpus. Nesta quinta-feira (13), o juiz Luís Francisco Delpizzo Miranda, da Vara do Júri de Florianópolis, negou o pedido de revogação da prisão preventiva contra o motorista do Camaro que matou Cristiane Flores e deixou mais duas pessoas em estado grave no Réveillon dos Ingleses.
Bueno, 29 anos, está foragido desde o dia do crime. O principal argumento do juiz é de que o condutor fugiu do local do acidente. A defesa empresário de Sapiranga (RS) esperava que a Justiça indeferisse o mandado de prisão para que ele se apresentasse à polícia sem ser preso.
A Polícia Civil catarinense segue as buscas a Bueno com apoio de agentes gaúchos. O delegado Eduardo Mattos, da Delegacia dos Ingleses (8ªDP), aguarda os laudos do IGP, prender e ouvir Jeferson para concluir o inquérito.
– Ele pode estar em qualquer lugar do País e até no exterior, já que o Rio Grande do Sul tem duas fronteiras. Rebemos denúncia de que ele estaria no Uruguai, no Paraná e até em São Paulo, e todas elas estão sendo checadas – disse o delegado.
Quatro pessoas estavam no Camaro
O inquérito ainda está aberto e em segredo de Justiça. Mas nesta quinta-feira, Mattos passou novas informações sobre a investigação. Conforme o delegado, haviam dois casais dentro do Camaro. Ele disse que imagens de câmeras de segurança mostram que o suspeito ficou apenas dois minutos no local, em seguida os quatro fugiram. E que em nenhum momento houve ameaça à integridade física do empresário. As outras três pessoas ainda não foram identificadas, mas devem ser ouvidas.
Essas novas informações vão contra o que alega a defesa de Bueno. O advogado Ademir Campana havia dito que o cliente ficou cerca de vinte minutos no local do acidente, prestou socorro e só fugiu com medo de ser linchado. O advogado não atendeu às ligações da reportagem para falar sobre a negativa da Justiça em revogar a prisão. No entanto, ele já havia dito que orientou Bueno a se entregar e que o cliente não quis.
O motorista se diz inocente e alega que o condutor do Audi é o culpado do acidente que matou Cristiane Flores, de 31 anos, e deixou em estado grave o marido dela, Nilandres Lodi, 38, e Gean Matos, 22, amigo do casal. Os dois já se recuperam e não correm mais risco de morrer. Nilandres, no entanto, teve as duas pernas amputadas.