A onda de ataques violentos contra a Polícia Militar na noite de segunda-feira, a troca de tiros no Monte Cristo, em Florianópolis, e os incêndios em ao menos dois veículos entre ontem e hoje são sinais de que o crime pode ter agido em represália à ação dos policiais na região. A informação veio de agentes experientes e de integrantes da Secretaria de Segurança Pública (SSP) de Santa Catarina que não quiseram se identificar.
Bandidos lançaram foguetes contra o 22º Batalhão da Polícia Militar, no continente, e em direção ao helicóptero Águia. Depois, uma base da PM na Agronômica foi alvo de um atentado a tiros. A primeira hipótese é de reação dos criminosos após a prisão de dois homens que assaltaram uma joalheira em Palhoça e, na fuga, balearam um policial militar.
Oficialmente, ainda não houve pronunciamento da Secretaria de Segurança. Até o momento, setores de inteligência não possuem diagnóstico da existência de comandos para atentados, como foi interceptado em anos anteriores.
As polícias trabalham com conflitos e ataques motivados principalmente pela conhecida batalha entre o Primeiro Grupo Catarinense (PGC) e o Primeiro Comando da Capital (PCC) pelo monopólio da venda de drogas. Também é investigada tentativa de invasão de criminosos da comunidade Novo Horizonte, que acabou não dando certo. Os ataques em seguida à PM então seriam para desviar o foco.
Alerta aos policiais é emitido
Apesar disso, na noite de segunda-feira, os comandos das polícias Civil e Militar foram orientados a alertar todos os agentes para que aumentem as medidas de proteção pessoal e aos prédios e viaturas.
Enquanto as polícias começaram 2017 reforçando o cerco no norte da Ilha, em Florianópolis, onde houve aumento de homicídios, o Monte Cristo, no continente, região notadamente com problemas de criminalidade nos últimos anos, voltou a amedrontar a população.
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