Os moradores de Pinhal Grande, na Região Central do Estado, têm convivido com sentimentos de revolta, medo, angústia e, principalmente, insegurança. No dia 29 de novembro, quatro pessoas foram assassinadas em um intervalo de menos de duas horas na cidade. O principal suspeito da chacina, Ariosto da Rosa, 41 anos, segue foragido.
As vítimas são a enteada do suspeito, Bianca Moraes de Salles, 16 anos, o vizinho Afonso Gonçalves, 60 anos, e Iran Gonçalves dos Santos, 10 anos, e Alex Cardoso Leal, de 17 anos.
O crime chocou a cidade de 4,6 mil habitantes e levou a prefeitura a decretar situação de emergência na última terça-feira. A justificativa é de que os serviços municipais de educação e saúde estão sendo prejudicados, visto que as aulas estão suspensas e Ariosto havia ameaçado médicos, enfermeiros e assistentes sociais.
"O decreto (de emergência) foi feito para que se mantenha o efetivo de segurança e para tentar justificar a paralisação das aulas, que dificultará o cumprimento dos 200 dias letivos", afirmou o prefeito de Pinhal Grande, Selmar Durigon, em entrevista ao Gaúcha Repórter desta quinta-feira (ouça abaixo).
Segundo Durigon, policiais fazem busca na região, mas enfrentam problemas devido às condições geográficas do município, que tem terrenos acidentados e muitas matas. O prefeito revelou que equipes do Batalhão de Operações Especiais (BOE) seguem acampadas e que o efetivo da Brigada Militar foi reforçado até que o suspeito seja capturado.
O decreto prevê prioridade em procedimentos administrativos para ajudar a aumentar o apoio logístico no policiamento, como compra de combustível e equipamentos. Também pede reforço do efetivo policial na cidade e, caso não seja possível, será solicitado o apoio da Força Nacional de Segurança. O decreto é válido por 30 dias, prorrogável por mais 30.