Imagine colocar lençóis brancos para lavar e, quando você tira as peças da máquina, elas estão sujas. Essa é a realidade da vigilante Vera do Santos, 41 anos, moradora do Bairro Mathias Velho, em Canoas.
Desde julho, ela e os vizinhos têm sofrido com a coloração escura da água fornecida pela Corsan. O problema, de acordo com Vera, acontece no mínimo duas vezes por semana em pelo menos duas semanas do mês. o último episódio ocorreu nos dias 8 e 9:
– Não é a primeira vez que eu coloco roupa branca na máquina e elas saem marrons, sujas de terra.
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Quando o dia amanhece assim, a solução é comprar água. Os gastos ultrapassam o limite do orçamento de algumas famílias.
– Eu fui obrigada a usar bombona de água mineral em casa, mas e aqueles que não têm condições de comprar? – questiona Vera.
Em entrevista à uma rádio, Vera ouviu a Corsan declarar que, apesar da alteração na cor, a água continua potável. Nem ela nem a família tiveram coragem de experimentar para conferir se o sabor estava inalterado.
Ela afirma que, além de sair escura das torneiras, a água vem com terra e sujeira:
– Eu não acredito que a água esteja perfeita para bebermos. Isso é um desrespeito com o consumidor.
Ela escreveu na página do Facebook da Corsan mas, além de não ter retorno, não viu solução para a situação.
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Nos últimos dias, a Corsan admite que foram registradas mudanças na coloração da água distribuída em Canoas. Devido a problemas operacionais, justifica que precisou realizar um serviço para abastecer partes da cidade e que a alteração no fluxo fez com que substâncias presentes na tubulação se desprendessem e aparecessem na água, causando a cor escura.
Entretanto, conforme a Corsan, isso não altera a potabilidade da água. A empresa promete que a cor será normalizada.
