A Triunfo Concepa, responsável por 121 quilômetros de rodovias no Rio Grande do Sul – incluindo a freeway –, teria pagado R$ 798 mil ao advogado Rodrigo Tacla Duran, que trabalhou por dois anos no setor de propinas da Odebrecht e operou pelo menos 12 contas no exterior, segundo o Ministério Público Federal (MPF). As informações são da Rádio Gaúcha.
Ele é um dos investigados na 36ª fase da Operação Lava-Jato, deflagrada nesta quinta-feira. A Operação, batizada de Dragão, cumpriu 18 ordens judiciais, sendo 16 mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva. Os alvos são dois operadores financeiros responsáveis pela movimentação de dinheiro oriundo de relações criminosas entre empreiteiras e empresas sediadas no Brasil, com executivos e funcionários da Petrobras. São apurados crimes de corrupção, manutenção não declarada de valores no exterior e lavagem de dinheiro.
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O nome “Dragão” é uma referência aos registros na contabilidade de um dos investigados que chamava de "operação dragão" os negócios fechados com parte do grupo criminoso para disponibilizar recursos ilegais no Brasil a partir de pagamentos realizados no exterior.
Em nota, a empresa informou ao mercado e seus acionistas, que nesta quinta-feira (10), a Polícia Federal, cumpriu mandado de busca e apreensão na sede social da Companhia, em São Paulo, e na Econorte Empresa Concessionária de Rodovias do Norte. O objetivo da Polícia Federal, segundo a Triunfo, foi recolher documentos relacionados a pagamentos realizados para um prestador de serviço.
Confirma a nota na íntegra:
"A Triunfo Participações e Investimentos S.A, em atendimento as disposições da Instrução CVM nº 358/02, informa ao mercado e a seus acionistas que, nesta data, a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na sede social da Companhia, em São Paulo, SP, e na sede social de sua subsidiária, ECONORTE Empresa Concessionária de Rodovias do Norte S.A., em Londrina, PR, tendo por objeto a coleta de documentos relacionados a pagamentos realizados pelas referidas empresas a um prestador de serviço.
A Companhia forneceu as informações solicitadas e informa que irá cooperar com as autoridades competentes. Da mesma forma, a administração da Companhia buscará tomar conhecimento das alegações que embasaram referida ordem judicial para averiguação e apuração dos fatos e responsabilidades pertinentes".