O paulista Arthur Moledo Do Val, criador do canal no YouTube Mamaefalei, se envolveu em um tumulto ao tentar gravar um vídeo em uma escola ocupada por manifestantes no Paraná. Do Val alega ter sido agredido pelos estudantes, enquanto o grupo o acusa de ter cometido violência sexual contra uma de suas integrantes.
O youtuber de 30 anos ganhou destaque no Rio Grande do Sul após publicar um vídeo denunciando o ex-coordenador de programa de governo de Sebastião Melo (PMDB), Plínio Zalewski, encontrado morto na segunda-feira em Porto Alegre.
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Do Val, acompanhado de integrante do Movimento Brasil Livre (MBL), diz em sua página no Facebook que foi visitar o Colégio Estadual do Paraná, em Curitiba, ocupado por manifestantes, para saber o motivo do protesto. Em seguida, ele conta que foi agredido a socos e chutes por cerca de dez pessoas, além de ter seu equipamento de gravação quebrado.
– Destruíram a minha câmera. Agora estou na delegacia porque o pessoal me espancou. O cara me deu um mata-leão, me apagou. Destruíram um monte de coisa que eu tinha. Com sorte eu consegui correr para um lugar e um policial me ajudou – relata o youtuber de dentro da Delegacia da Mulher, localizada a poucos metros da escola.
Ele alega, ainda, que parte dos estudantes que participavam do protesto foi até a delegacia para registrar um boletim de ocorrência por violência sexual.
– As mulheres estão falando agora que eu estava entrando na escola para passa a mão nelas. Os agressores se tornaram vítima agora – diz.
Em sua página no Facebook, o movimento Ocupa Paraná, que coordena as manifestações contrárias à reforma do Ensino Médio, não comenta o episódio. Em uma das postagens, porém, o grupo lista uma série de orientações aos estudantes caso de "ataques nas escolas ocupadas". Entre as sugestões, o grupo afirma que "ninguém é obrigado a dar entrevistas ou receber e atender alguém na ocupação".