O Estado quitou nesta sexta-feira os salários de 1.512 servidores ativos e inativos vinculados ao Instituto de Previdência do Estado (IPE). Assim como a maior parte dos trabalhadores vinculados ao Executivo, o grupo estava com os vencimentos parcelados. A decisão do Tribunal de Justiça gaúcho bloqueou mais de R$ 4 milhões das contas do órgão no Banrisul para a medida.
– Alegamos que o IPE tem autonomia econômica e financeira, podendo pagar os salários por conta própria –, relata o presidente do Sindicato dos Servidores do IPE, Bayard Bernd.
Leia mais:
Em setembro, Piratini parcela salários pelo oitavo mês seguido
Presos lançam manifesto defendendo limites para a violência extrema no RS
Servidores da segurança protestam na rodoviária de Porto Alegre contra o aumento da violência
A Justiça gaúcha já havia concedido uma liminar que obrigava o pagamento, mas a determinação não foi atendida. Desta vez, quem ratificou a ação em segunda instância foi a desembargadora Ana Paula Dalbosco. Em um trecho da decisão, ela fala sobre a alegação do Estado para não fazer o pagamento em dia.
"O Estado do Rio Grande do Sul, por sua vez, invoca as já multiconhecidas razões para justificar o descumprimento da ordem”, diz parte do despacho, se referindo à crise financeira citada pelo Piratini.
A folha mensal do IPE gira em torno de R$ 5,2 milhões. Com o pagamento de R$ 980 por matrícula, restaram os R$ 4 milhões que agora foram repassados aos servidores do órgão.
* Rádio Gaúcha