Após a execução de um jovem de 18 anos na manhã desta segunda-feira (19) no terminal 2 do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, a Infraero e a Brigada Militar estão divergindo sobre a segurança no local.
Em nota, logo após o crime, a Infraero informou que o assassinato aconteceu numa área pública do aeroporto, onde a responsabilidade pela segurança é da Brigada Militar, conforme o Programa Nacional de Segurança da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita.
A Brigada Militar afirma que, conforme decreto nº 7.168 de 2010, é de responsabilidade da Polícia Federal inspecionar, com poder de polícia, instalações e áreas internas e externas dos aeroportos e que as funções de polícia judiciária e ostensiva para preservação da ordem pública podem ser executadas pelos órgãos estaduais, por meio de convênio.
Ainda de acordo com a BM, no que se refere à atividades de polícia ostensiva, não existe nenhum convênio entre governo do Estado e União.
Já a Polícia Federal afirma que a atuação se dá na repressão aos atos ilícitos contra a aviação civil, controle migratório, além das atividades de Polícia Judiciária da União. Em crimes comuns, a PF só atua em casos que gerem prejuízo à União. No entanto, diz que está colaborando com as investigações da Polícia Civil.
A Polícia Civil divulgou, na tarde desta segunda-feira (19), imagens gravadas por câmeras de segurança do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, que mostram a morte do jovem ocorrida durante a manhã. Marlon Roldão, 18 anos, foi morto com mais de dez tiros.
Conforme as imagens, os assassinos entraram no local, sentaram nas imediações de uma cafeteria e aguardaram a chegada da vítima. Quando Marlon ingressou no saguão, os criminosos foram até ele e efetuaram os disparos.