A Marcopolo divulgou o balanço do segundo trimestre após o fechamento do mercado nesta segunda-feira (8) e a receita líquida da fabricante de ônibus de Caxias do Sul somou R$ 619 milhões, uma queda de 2,6% em relação ao mesmo período do ano passado. No semestre, a queda de receita chega a 18%.
O destaque tem sido a receitas de exportações, que tiveram aumento de 78% no trimestre e de 22,7% no acumulado do ano. As exportações somaram 789 unidades. Esse crescimento é reflexo do aumento das vendas ao exterior impulsionadas pela desvalorização do real em relação ao dólar americano e por programas específicos da empresa.
A produção total da Marcopolo atingiu 2.096 unidades no segundo trimestre. O mercado interno continua desaquecido. Foram 1.680 unidades produzidas no Brasil, queda de 21% na comparação com o mesmo período do ano passado. No semestre, foram produzidos 2.757 veículos, redução que atinge 44,5%.
No balanço, a companhia também aponta que no segmento de urbanos, a proximidade com as eleições municipais, a Olimpíada no Rio de Janeiro, as licitações em andamento e repasses pontuais de tarifas em algumas cidades do país, impulsionaram a demanda ao longo do segundo trimestre no mercado interno que apresentou desempenho melhor do que o primeiro. A unidade Marcopolo Rio, dedicada a fabricação de urbanos, retomou a produção no início de junho, após o período de lay-off.
Outra movimentação recente da companhia foi que acionistas aprovaram a incorporação da Neobus no início de agosto. Um negócio de R$ 20 milhões envolvendo troca de ações. A Marcopolo também assumiu as dívidas da empresa.