Cinco mil vagas de emprego é o objetivo da nova edição do Empregar RS. A Secretaria Estadual do Trabalho começou as reuniões para engajar órgãos e empresas.
O secretário Catarina Paladini contou à coluna que sua ideia é fazer um mutirão para novembro. Com isso, reunir as vagas do varejo para o Natal. As oportunidades, novamente, serão oferecidas em seleções feitas pelos Sines de todo o Estado. Haverá um Dia D, com campanhas de divulgação para aproximar os candidatos das empresas.Já houve duas edições.
O destaque eram vagas no setor de serviços. Com a proximidade do fim do ano, Catarina acredita que haverá muitas redes de lojas e supermercados interessados em oferecer vagas de emprego.Mas o varejo ainda não saiu da crise. O consumo ainda está tímido, pressionado pela queda na renda e pela inflação. Em especial, o aumento dos alimentos.
A perspectiva é de um número bem baixo de vagas de trabalho temporárias, se comparado ao Natal de anos anteriores. Então, o presidente do Sindilojas Porto Alegre, Paulo Kruse, avisa: procurem cursos gratuitos de qualificação para vendas. Estes profissionais se destacarão na disputa pelas vagas de trabalho.
Finança é coisa de criança
Já está valendo a lei que inclui educação financeira no currículo das escolas de ensino fundamental e médio da rede pública municipal de ensino. Pelo texto publicado pela prefeitura de Porto Alegre no Diário Oficial, será aplicada no ano letivo de 2017.
A ideia é ensinar noções básicas, aproveitando o contexto de outras disciplinas. É mostrar como lidar com o salário, como planejar o orçamento da casa, gastar menos do que ganha.Aliás, a crise econômica também é assunto de criança.
– Papai perdeu emprego e agora o salário da mamãe vai pagar as contas. Vamos ter que reduzir tua mesada pela metade.
– Mas que culpa eu tenho?
– Filho, nós estamos no mesmo barco.
Esse é um diálogo sugerido pelo educador financeiro Mauro Calil. Ele defende que a família fale abertamente com as crianças sobe a situação financeira da casa. _ As crianças nos surpreendem. Podem até nos dar soluções criativas e deixar a situação mais leve.Honestidade sempre. A coluna apoia. Dinheiro não pode ser tabu na família.
Dúvidas dos leitores
A leitora Gisa pergunta: "Usei o limite do meu cartão de crédito e tive que parcelar a dívida. O banco fez a proposta de quitar a dívida por R$ 2 mil. Estava em torno de R$ 5 mil. Concordei e paguei. Só que o banco agora disse que a dívida ainda está aberta e incidindo juros. A instituição alega que o acordo seria apenas para tirar o nome do SPC, mas isso não foi informado para mim. Até tirei um empréstimo para quitar a dívida. Agiram de má-fé, se isso for verdade. Como posso procurar meus direitos?"
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O diretor Jurídico do Instituto Nacional de Educação do Consumidor e do Cidadão, Paulo Sérgio da Silva, responde: se foi feito o acordo, não fica saldo a pagar. Sugiro relatar o caso na ouvidora do banco, anotando número de protocolo. Se não houver solução, registrar queixa no Procon. Para provar o acordo, comprovar o depósito feito na conta do banco.
/// Acerto de Contas: pode fazer uma reclamação também no Banco Central (site bacen.gov.br), que faz, inclusive, rankings de reclamações.
A leitora Cléria pergunta: "Recebi uma ligação de cobrança do antigo banco e que foi até comprado por outro agora. A dívida já tem mais de dez anos. Nem me lembrava por não usar a conta. Nunca recebi uma notificação anterior. Me cobraram R$ 500 para liquidar a dívida que, segundo o atendente, está em R$ 11 mil. O que devo fazer?"
Diretora do Procon Rio Grande do Sul, Flávia do Canto Pereira responde: "pode cobrar, mas não de maneira abusiva. Não pode ligar insistentemente, mandar cobrador no trabalho etc. A dívida prescreve com cinco anos. Então, o banco não pode colocar a pessoa em cadastros de inadimplentes. Se o fizer, a pessoa pode ingressar na Justiça com uma ação. Pede para limpar o nome e até mesmo indenização por dano moral.
/// O Procon do Rio Grande do Sul atendeu, somente em 2016, 170 pessoas reclamando de cobrança indevida.
/// Acerto de Contas: lembrando que valores baixos podem ser reclamados em ações no Juizado Especial Civil. Não precisa de advogado e é muito mais rápido.
Whats para economizar
Ferramenta usada para comunicação pelo smartphone, o WhatsApp revolucionou o jeito das pessoas conversarem. É assunto de trabalho, piadas entre amigos, grupos de família com discussões quilométricas e fotos fofas de criança.Mas vamos usar para economizar também?
Só a colunista aqui participa de dois grupos para troca de informações sobre promoções. Além dos preços das fraldas e lenços umedecidos que são frequentes nos grupos de mães, é claro. Vale mandar foto do catálogo no jornal, links de sites de lojas ou até áudio avisando que o preço do leite está custando menos de R$ 3,50!
– Está aí no supermercado? Compra para mim uma caixa! Ou duas, se não ficar pesado! E ainda dá para combinar e ir de comboio em um desses grandes atacados que ficam mais próximos das saídas da cidade. Produtos de limpeza, higiene e até alguns alimentos podem sair bem mais barato. E o pessoal ainda racha a gasolina.Deu certo? Depois, me conta!