O número de microempreendedores individuais (MEIs) registrados em Caxias do Sul nos primeiros seis meses chega a 1482. Em comparação ao mesmo semestre do ano passado, houve uma redução de mais de 10%, já que no mesmo período de 2015 foram abertas 1668 negócios neste regime tributário. Neste formato simplificado de registro de empresas só pode se enquadrar quem faturar no máximo R$ 60 mil por ano. Desde que o sistema foi implantado, em 2009, já surgiram 18,5 microempreendedores individuais em Caxias do Sul.
De acordo com Tiago Mignoni, gestor do atendimento do Sebrae na Serra, a redução dos registros neste primeiro semestre na comparação com o mesmo período do ano passado pode ser explicada pelos reflexos da crise, que não são imediatos, e também pela informalidade.
"Muita gente perdeu emprego e não conseguiu se reposicionar no mercado. Para se sustentar, estão abrindo negócios, mas aguardam para fazer o registro por causa do seguro-desemprego. Por isso, esperamos um crescimento na abertura de MEIs nos próximos meses", projeta o gestor do Sebrae.
Dados de um estudo nacional do Sebrae divulgado neste ano, sobre o perfil do microempreendedor individual, apontam que a principal ocupação anterior dos microempreendedores registrados é o emprego formal, em 45% dos casos. Mas chama atenção que 22% são trabalhadores que já atuavam na informalidade.
Para estimular a regularização dos negócios, Caxias do Sul desenvolve desde 2013 a chamada linha da pequena empesa, com atendimento móvel de diversos órgãos que prestam orientações para quem quer registrar uma empresa, como a prefeitura, Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e o Banco do Povo.
Um ônibus cedido pela Visate circula por diversos bairros da cidade e na próxima semana estará na Rua Alfredo Chaves, ao lado da prefeitura de Caxias. Cerca de 15% dos MEIs de Caxias abriram por meio desta linha específica. De 7,4 mil orientações realizadas em toda a história do programa, 2,7 mil resultaram em abertura efetiva de empresas.
