O som alto que embalava uma festa na madrugada de sábado, na quadra da escola de samba Praiana, na Avenida Padre Cacique, em Porto Alegre, foi interrompido por estampidos de arma de fogo.
Homens armados invadiram o evento e executaram Paulo Mateus Pacheco do Nascimento, de 24 anos, mais conhecido como Scooby. Ele estava em um canto do galpão próximo à chapelaria quando foi atingido por sete tiros.
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A violência destemida fez os participantes procuraram as portas de saída em desespero. Segundo a escola, havia cerca de 400 pessoas na festa. Ninguém mais ficou ferido.
Segundo a presidente da escola de samba, Ilza Angonese, a festa não foi organizada pela comunidade e sim por uma produtora de eventos que alugou o espaço. Ela disse que é comum as escolas alugarem as quadras fora da temporada de ensaios para arrecadar fundos.
Ilza garante que os responsáveis pelos eventos terceirizados cumprem exigências contratuais.
_ Foi a primeira vez que aconteceu um fato como este na quadra. O pessoal da produtora já tinha promovido um evento lá no mês passado e foi tranquilo. Eles cumpriram com as exigências de segurança, mas ainda não sabemos como foi que entraram armados.
Investigação
A cena do crime foi avaliada por uma equipe de plantonistas da Polícia Civil, mas a investigação deve ficar sob a responsabilidade da 6ªDHPP.
Segundo o delegado Gabriel Bicca, do Departamento de Homicídios da Capital, a investigação identificou que Paulo Mateus seria integrante da facção Bala na Cara.
Há suspeita de que ele estivesse envolvido com a guerra do tráfico desencadeada há algumas semanas entre a Vila dos Sargentos e o Beco do Adelar, na Zona Sul de Porto Alegre.
Paulo Mateus fez uma postagem em seu perfil do Facebook no dia 10 de julho em tom de resposta a possíveis ameaças. "E pras más línguas que falavam que o marginalzinho não ia passar dos 18 eu tô firmão 2.4 rápido e veloz".
Cinco dias depois, em 15 de julho, ele manifestou esperança de boas novas: "O tempo ruim vai passar, é só uma fase. Deus é mais"