A procura por financiamentos imobiliários na área de abrangência da superintendência de Habitação da Caixa Econômica na Serra teve redução de 15% da demanda no primeiro semestre de 2016 na comparação com o mesmo período do ano passado. É uma queda mais acentuada do que já se observava nos primeiros meses do ano de 2015 em relação a 2014, que já era de 10%.
Vários fatores explicam a retração do mercado imobiliário, de acordo com Valdir José Angst, superintendente de Habitação da Caixa na Serra. O desemprego, o endividamento das famílias, a elevação na taxa de juros e as próprias restrições bancárias são apontadas por ele. "Quando aumenta a taxa de juros, você automaticamente precisa de renda maior. Os juros do programa Minha Casa Minha Vida subiram cerca de 1% em cada faixa", exemplifica o superintendente.
A restrição maior das operações de crédito também foram apontadas pelo diretor da Caixa na região. "O bancou inibiu a demanda até mesmo na análise mais criteriosa para obter crédito", aponta. A expectativa, no entanto, é de retomada dos financiamentos neste segundo semestre, mesmo com redução da oferta de imóveis novos. A principal aposta são os sinais de que a Caixa está, ao poucos, voltando a facilitar as condições de empréstimos.
Desde segunda-feira (26), a Caixa também ampliou o limite para financiamento de imóveis de alto padrão. O teto de dinheiro emprestado pelo banco que antes era de R$ 1,5 milhão passou para R$ 3 milhões. Já para a maioria dos imóveis comercializados na Serra, abaixo de R$ 650 mil, a Caixa, que havia reduzido a 40% a cota máxima de financiamento para imóveis usados e 70% para novos, voltou a ampliar em março o limite para 70% nos usados e 80% para novos. Agora, essas mesmas cotas também valem para domicílios a partir de R$ 650 mil.