Ondas de euforia dos tempos de bonança, quando a política e a economia nacional alcançavam o apogeu, levaram o Brasil a traçar planos audaciosos rumo ao seleto grupo das potências mundiais. O sedutor Rio de Janeiro, cartão-postal do país, era alicerce da estratégia. A fase era tão promissora que, em outubro de 2009, a Cidade Maravilhosa desbancou Madri, Tóquio e Chicago na disputa para sediar os Jogos Olímpicos de 2016. Um extenso legado para a população, a partir de investimentos que seriam feitos para receber o evento, era comemorado pelos então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, governador Sérgio Cabral e prefeito Eduardo Paes, que viviam a lua de mel do casamento entre PT e PMDB.
Rio 2016
Com promessas não cumpridas e obras inacabadas, Rio vive clima de frustração às vésperas da Olimpíada
Crises política e econômica, aumento de criminalidade e poucas melhorias de transporte deixam sensação diferente do quadro de esperança experimentado na época em que cidade foi escolhida sede dos Jogos
Carlos Rollsing / Rio de Janeiro