Atos de protesto pela morte do soldado Luiz Carlos Gomes da Silva Filho, 29 anos, ocorreram em diversas cidades do Rio Grande do Sul nesta terça-feira. As manifestações por mais segurança marcaram o dia de serviço em batalhões da Brigada Militar (BM) em Porto Alegre e cidades do Interior.
Por orientação do comando-geral da BM, houve "sirenaço" – barulho intermitente provocado pelas sirenes das viaturas – no fim da tarde. Em Cachoeira do Sul, terra natal do PM morto, familiares, amigos e colegas de profissão também lamentaram a perda. Carregando cartazes, moradores fizeram uma oração de mãos dadas no centro do município.
Leia mais:
Comandante-geral da Brigada Militar faz desabafo após morte de soldado
"Abandonou qualquer técnica policial", diz especialista sobre soldado morto
PM é morto em abordagem a roubo de carro na Capital
– Fizemos o mínimo que poderíamos para homenagear o colega. Foi um ato simples para tentar confortar toda a família brigadiana – diz Paulo Roberto Alves, presidente da Associação de PMs de Cachoeira do Sul, que ajudou a organizar o ato.
Luiz Carlos ingressou na BM em 2009. Sempre atuou no setor de inteligência (PM2) da corporação e nunca exerceu atividade de policiamento ostensivo. Primeiro no 19° Batalhão de Polícia Militar (BPM), na zona leste da Capital, e depois, a partir de 2013, no quartel-general da corporação, onde trabalhava atualmente.
– Por estar no setor de inteligência, o soldado tinha perfil diferenciado para a atividade policial, com certeza – resume o comandante da BM, coronel Alfeu Freitas Moreira.
O policial não tinha filhos, mas deixa a esposa, Luana, os pais e cinco irmãos. Boa parte dos colegas da PM2 foi ao enterro de Luiz Carlos, que ocorreu ontem em Cachoeira do Sul, no Cemitério dos Kiefer.
*Zero Hora