Velho conhecido do público por ser um dos criadores do Tangos e Tragédias, o violinista, compositor e humorista Hique Gomez retorna ao palco do Theatro Treze de Maio nesta quinta-feira, às 20h, com o espetáculo musical Tãn Tango Pocket. A apresentação é uma das atrações da programação do 6° Aldeia Sesc Imembuy, e conta com a participação da pianista Dunia Elias.
O show traz versões de clássicos e composições próprias inspiradas no tango e no folclore rio-grandense, influências constantes para Hique.
– O tango nos persegue. Não é algo que surgiu de uma vontade ou do intelecto. É algo que vem da manifestação espontânea de um artista. Vem do entendimento da melancolia em dias de frio, vem da natureza. É a natureza humana se manifestando. Vem da gana de vencer as intempéries da vida. Vem da força para sobreviver – filosofa Hique, sobre a inspiração para misturar os compassos marcantes do tango com a sonoridade suave da MPB.
De acordo com o artista, depois de passar por grandes palcos do Brasil, como o Auditório Ibirapuera, em São Paulo, a versão pocket de Tãn Tango foi idealizada para levar a essência desse trabalho a lugares onde o espetáculo original não caberia. Hique afirma que a recepção da plateia tem sido positiva. Ele percebe o reconhecimento do público à continuidade do seu trabalho, que não deixa de lado o humor característico de Tangos e Tragédias.
– Nesse espetáculo, o que manda é a música. Ela está em primeiro plano. É claro que eu converso com as pessoas. Conto as histórias das músicas e algumas são bem engraçadas mesmo. O público que me conhece do Tangos e Tragédias, espera que haja humor nas minhas performances e, sim, haverá! – adianta.
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O artista garante estar concentrado em desenvolver, cada vez mais, suas habilidades como músico.
– O violino é um instrumento que exige muito estudo para se atingir um certo grau de maestria e tenho me empenhado nisso – explica Hique.
De volta à Cidade Cultura, o artista revela ter boas lembranças dos palcos santa-marienses onde já se apresentou várias vezes. Ele acredita que Santa Maria é um roteiro obrigatório para quem está circulando com espetáculos pelo Brasil.
– Um dos primeiros shows que fizemos no interior foi aí. Foi o primeiro show da Cida Herok, hoje uma das produtoras culturais mais respeitadas do Estado. Fiz show no Bombril, no cinema, no Itaimbé, no Morotin, e no glorioso Theatro Treze de Maio. Eu conheço os espaços culturais de Santa Maria e conheço membros da universidade que elevaram o status da cultura musical brasileira através de um excelente trabalho – afirma.
Presença sentida a cada compasso
Mais de dois anos depois de perder o parceiro de Tangos e Tragédias, Nico Nicolaiewsky, (que morreu em fevereiro de 2014, em função de um câncer), Hique afirma que a presença e a influência do companheiro seguem presentes em cena.– Esse trabalho é todo dedicado ao Nico. Por meio dele, tive contato com o universo do tango. Tanta felicidade compartilhamos juntos, entre nós e com o nosso público. Ele próprio viu esse espetáculo quando fiz um tributo a ele. Na apresentação, conto algumas histórias engraçadas que vivemos – adianta Hique.
Agende-se!
O quê: Tãn Tango Pocket
Com: com Hique Gomez e participação da pianista Dunia Elias
Quando: amanhã, às 20h
Onde: Theatro Treze de Maio - Praça Saldanha Marinho, s/nº
Quanto: No Sesc: R$ 10 (comerciários e dependentes com cartão Sesc/Senac) e R$ 20 (empresários com cartão Sesc/Senac). No Theatro Treze de Maio: R$ 12 (estudantes e idosos); R$ 14 (sócios do Theatro) e R$ 25 (público geral)