A notícia da morte da ex-miss Brasil Fabiane Niclotti, 31 anos, cujo corpo foi encontrado em seu apartamento, em Gramado, na noite de terça-feira, foi recebida com surpresa e choque por seu missólogo e amigo, Evandro Hazzy.
Descrita como uma mulher tranquila, alegre e organizada, a gramadense foi eleita miss Rio Grande do Sul em 2003 e Miss Brasil em 2004. Ela chegou a disputar o miss Universo, mas não levou a coroa. Atualmente, cursava a faculdade de Direito.
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Hazzy, que preparou Fabiane para concursos, conversou com Zero Hora sobre sua relação com a modelo ao longo dos últimos anos:
Como você recebeu a notícia da morte da Fabiane?
Eu ainda estou muito chocado, muito triste. Passei uma tarde de ontem anormal, pois trabalhei muito e dormi cedo, por volta das 20h. Pelas 23h, meu telefone começou a tocar absurdamente. Eram meus amigos tentando me avisar do que havia ocorrido. Eu fiquei sabendo inicialmente ao ler uma mensagem da Deise Nunes (ex-miss Brasil). Fiquei extremamente abalado pois eu era muito fiel a ela, e ela era muito carinhosa comigo.
O que mais lhe chamava a atenção sobre a personalidade de Fabiane? Como você recorda a aproximação inicial com ela?
Na verdade ela se inscreveu no concurso de Miss Rio Grande do Sul e ganhou. Eu, então, achei ela linda, desde o início, e fui atrás dela. Ela me recebeu muito bem, isso foi no final de 2003. Dai, em 2004, ela venceu o Miss Brasil. Mas ela morava e sempre morou em Gramado. Era uma pessoa muito tranquila, muito calma e sossegada. Sempre foi uma menina ponderada, administrava bem as suas coisas.
Ela aspirava ser uma modelo famosa? Vocês conversavam sobre isso?
Não. Ela sempre foi muito ligada à família, sempre disse que não buscava fama, que não queria ser uma modelo famosa. Não tinha grandes aspirações nesse sentido. O Miss Brasil é uma coisa à parte neste mundo de modelos, a maioria só quer representar a beleza do país por uma ano e depois entregar o reinado, como foi o caso da Fabiane. Em nenhum momento ela falou que buscava a fama, sempre teve muito os pés no chão, sempre quis estudar. Atualmente, estava cursando a segunda faculdade, de direito. Ela já era formada em enfermagem.
Vocês mantinham um contato frequente? Quando foi a última vez que se falaram?
A gente se via com frequência em eventos, sempre fomos muito chegados. Nos encontramos pela última vez há cerca de um mês, em um evento em Porto Alegre. Ela estava acompanhada de dois amigos íntimos, sempre muito simpática, querida e tranquila. Não havia notado nada de diferente nela. Apenas a mesma felicidade e carinho de sempre. Ela em nenhum momento se mostrava ansiosa, depressiva, nada disso. Então não tenho como dizer, só tenho que falar que estou muito triste. Tanto que estou realmente chocado, ainda.