Servidores do Ministério Público Estadual paralisaram as atividades na tarde desta quarta-feira em Santa Maria, Santiago, Júlio de Castilhos e Santa Cruz do Sul. Nessas cidades, apenas 30% dos atendimentos foram mantidos, conforme obriga a legislação, de acordo com a vice-presidente do Sindicato dos Servidores do Ministério Público (Simpe), Dalva Krieger.
Para dar visibilidade à paralisação, cerca de 30 servidores, provenientes desses quatro municípios, estão reunidos em frente à sede do Ministério Público em Santa Maria. Conforme explicou Dalva, a categoria está em estado de greve desde março. Já ocorreram três paralisações gerais do órgão, mas a partir desta quarta-feira, esses atos serão regionalizados.
Entre as reivindicações dos servidores do MP está a reposição salarial referente a 2014 e 2015, que depende de votação na Assembleia Legislativa, o que vem sendo adiado desde o último mês de setembro. Eles também protestam a favor da autonomia e independência do Ministério Público.
_ Atitudes do Procurador do Estado têm ameaçado isso, como a falta de repasse do governo do Estado, que deve R$ 40 milhões, e a tentativa de que um convênio entre o Executivo e o MP permita que o Estado acesse os recursos da conta do MP _ explica Dalva.
Jornada de trabalho, vale-refeição, plano de carreira e data base também constam na pauta de reivindicações. Os servidores pedem, ainda, a nomeação de aprovados no último concurso público, para preenchimento de cerca de 40 vagas para assessor. Segundo Dalva, em vez de chamar os novos servidores, a direção do MP pretende nomear cargos em comissão para as funções.