A Polícia Civil concluiu o inquérito que apura a morte de gêmeos de quatro anos dentro de um carro em Júlio de Castilhos, na Região Central. O pai, Clemar Silveira da Silva, 32 anos, e a mãe, Liliane Soares Silva, 27, serão indiciados por homicídio qualificado por asfixia. O inquérito foi entregue à Justiça na sexta-feira à tarde.
Morte de gêmeos de Júlio de Castilhos é tratada como acidente pela Polícia Civil
O advogado de defesa da mãe das crianças, Airton Mello, que trabalha no caso ao lado da filha, Patrícia Mello, diz respeitar o trabalho da delegada Alessandra Padula, responsável pela investigação, mas afirma que o indiciamento não trabalha com provas legais.
Polícia instaura inquérito para investigar morte de gêmeos em Júlio de Castilhos
– Não ficou comprovado se elas foram colocadas no carro ou se elas foram por conta. Com base nisso, acredito que o MP vai requerer novas diligências no sentido de que a polícia chegue a uma conclusão exata. O crime acontece de fato ou não acontece. Não podemos trabalhar com suposições no Direito penal – defende Mello.
Polícia aguarda laudo pericial para concluir inquérito sobre morte de gêmeos
Ainda segundo Mello, o casal não está mais junto, e a mãe dos gêmeos possui uma medida protetiva em relação ao ex-companheiro em função de desentendimentos.
Necropsia confirma que gêmeos morreram asfixiados devido ao calor excessivo
Conforme o advogado de defesa de Clemar Silva, Roberto Barbosa, a tese de defesa do seu cliente é a negativa da autoria, pois ele não estava em casa no momento em que a morte das crianças ocorreu.
– Não existe nenhum tipo de ação negligente com os fatos sendo que ele só chegou depois do ocorrido. É isso que vamos alegar. Creio que o indiciamento é precipitado, não seria o caso de homicídio doloso ou qualificado. Inclusive o juiz negou a prisão preventiva (de Clemar Silva) por falta de requisitos – resume Barbosa.