Não tem jeito, o reajuste no preço dos remédios já pesa no bolso do consumidor e é mais perceptível para os clientes que precisam de medicamentos de uso contínuo. Em época de inflação alta, o jeito para reduzir é recorrer à pechincha. O reajuste de 12,5% começou a valer no dia 1º. O índice ficou acima da inflação, o que não acontecia há 10 anos. Até então, a base de cálculo para o aumento dos medicamentos era o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, e chegou a 10,67% em 12 meses até fevereiro.
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Nesta quarta-feira, o Diário pesquisou o preço em quatro lojas de redes diferentes na área central, escolhidas aleatoriamente, São João, Panvel, Farmácias Associadas e Mais Econômica e, em duas, ainda encontrou os preços antigos. A Mais Econômica, da Rua do Acampamento, ainda não repassou o reajuste. O farmacêutico do local, Alexandre Ribas, acredita que o não-reajuste é uma estratégia da empresa para fidelizar o cliente. E, segundo ele, está dando certo, já que o movimento tem aumentado no local. Mas o cliente precisa ficar atento.
- Além de mantermos o preço antigo, estamos dando descontos, na medida do possível. Ainda não aumentamos nada, mas alguma hora deve subir, só não sabemos quando - comenta Ribas.
Na Farmácias Associadas, na Avenida Rio Branco, conforme o gerente José Arruda, ainda é possível encontrar alguns medicamentos sem alteração. A estratégia da loja, segundo Arruda, é negociar com a distribuidora:
- Promoção em medicamentos a gente não pode oferecer. Porém, se a gente consegue um desconto maior ao comprar com os laboratórios, consequentemente, repassamos mais desconto. Ainda temos alguns remédios no estoque, que não serão alterados.
Pesquisar é importante
Para reduzir a conta
Pesquisa e pechincha ajudam a minimizar o reajuste de 12,5% nos medicamentos
Diário pesquisou o preço em quatro lojas de redes diferentes na área central, escolhidas aleatoriamente. Em duas, ainda encontrou os preços antigos
Mariana Fontana
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