Nesta sexta-feira, em Nova York, a Organização das Nações Unidas (ONU) dará início ao processo de ratificação das metas assumidas por 195 países e pela União Europeia no Acordo de Paris, que visa combater os efeitos das mudanças climáticas e reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
Para o evento de assinatura do documento, elaborado em 12 de dezembro de 2015, estarão presentes pelo menos 60 chefes de Estado e de governo, entre eles a presidente Dilma Rousseff.
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Com o objetivo de entrada em vigor em 2020, o acordo, no entanto, só se concretizará quando for ratificado por 55 Estados responsáveis por, pelo menos, 55% das emissões de gases de efeito de estufa. Este é o primeiro pacto universal de luta contra a mudança climática de cumprimento obrigatório e determina que seus 195 países signatários ajam para que a temperatura média do planeta sofra uma elevação "muito abaixo de 2°C".
Depois da adoção do texto em Paris, ainda é necessária a assinatura do acordo, até fim de abril de 2017, e a ratificação nacional, conforme as regras de cada país, podendo ser por meio de votação no Parlamento ou de decreto-lei, por exemplo.
Uma das novidades do documento é a revisão, a cada cinco anos, das metas de contribuição de cada Estado para tentar conter o aquecimento do planeta e suas consequências. Entre essas consequências estão a maior frequência de fenômenos extremos de calor, levando às secas e aos incêndios florestais, a concentração da chuva em períodos curtos de tempo, provocando cheias e inundações, e a subida do nível do mar.
Na semana passada, a ministra francesa do Ambiente, Segolene Royale, que foi a presidente da COP21, disse que o número de presenças confirmadas significa que o "momentum" do acordo de Paris não enfraqueceu".
Para ela, a cerimônia é uma oportunidade para os líderes internacionais fazerem "uma declaração forte" sobre a futura política relacionada ao preço do carbono, para estimular o desenvolvimento da energia limpa
*Zero Hora