Enquanto aliados do governo ainda contam com votos de parcela dos deputados do PP na votação deste domingo à tarde contra o processo de impeachment de Dilma Rousseff, a oposição afirma que já possui 100% de adesão do partido a favor do impedimento da presidente.
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Até a noite de sábado, a então ala governista do PP contava que poderia entregar 11 dos 45 votos a favor do governo: Adail Carneiro (CE), Macedo (CE), Beto Salame (PA), Waldir Maranhão (MA), Dudu da Fonte (PE), Roberto Britto (BA), Ronaldo Carletto (BA), Cacá Leão (BA), Mário Negromonte (BA), Paulo Maluf (SP) e Franklin Lima (MG).
– Conversei com o vice-presidente da Câmara, Waldir Maranhão (MA), ontem (sábado), no fim da noite, ele empenhou sua palavra. Confio na palavra que uma parcela dos pepistas caminhará conosco. Existe uma parcela de deputados indecisos que ponderam nossos argumentos. A definição vai se dar à tarde, na hora da votação. A oposição tenta fazer uma guerra de comunicação, tenta fazer um movimento de já ganhou, mas eles sabem que não tem os votos suficientes para aprovar o impeachment –, afirmou o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), aliado do governo .
Já os deputados do comitê parlamentar pró-impeachment atualizaram, neste domingo, para mais de 380 os votos pela aprovação do parecer na Câmara, mais do que os 368 contabilizados ontem na noite de sábado.
Como o Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado, antecipou, as negociações no PP entraram pela madrugada de domingo. O comando do partido convocou deputados que estavam indecisos ou contra o impeachment e avisou que não aceitará as dissidências na votação.
Depois da ofensiva, o presidente do partido, senador Ciro Nogueira (PI), disse a interlocutores que 100% da bancada na Câmara deverá votar a favor do impedimento da presidente Dilma Rousseff.
De acordo com o deputado Mendonça Filho (DEM-PE), que lidera o comitê, será uma "grande surpresa" se a aprovação da continuidade do processo de impeachment da presidente não ultrapassar 370 votos.