Em participação no programa Mariana Godoy entrevista, na RedeTV!, na noite desta sexta-feira, a jornalista Mirian Dutra comentou sua relação com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e afirmou não se lembrar de ter assinado contrato com a empresa Brasif.
Em fevereiro deste ano, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Mirian Dutra disse que FHC teria usado a empresa, por meio de um contrato fictício de trabalho em nome da jornalista, para fazer remessas de dinheiro a ela, que eram utilizadas no pagamento da mensalidade escolar dos filhos.
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– Eu tinha um contrato com a TV Globo, e esse contrato era de exclusividade. Não conheço, nunca tive contrato com outra empresa. Se houve esse contrato (com a Brasif), eu sinceramente não me lembro – afirmou a jornalista nesta noite.
Mirian Dutra negou ter apresentado versões diferentes na entrevista a Folha de S. Paulo e no depoimento que prestou na última quinta-feira à Polícia Federal.
Na entrevista para a RedeTV!, Mirian Dutra afirmou também que não foi mandada para fora do Brasil após o relacionamento com o FHC.
– A decisão de sair do Brasil foi minha, única e pessoal. Por que tinha dois filhos pequenos e achei que o melhor lugar para criar eles era lá fora. O Brasil há 25 anos atrás passava a mesma coisa que passava agora, o impeachment. Era o impeachment do Collor – afirmou.
Questionada, a jornalista afirmou que nunca recebeu dinheiro para falar sobre sua relação com o ex-presidente e que não imaginava que uma entrevista a uma revista poderia gerar tanta repercussão.
– Eu acho que eu já tenho uma certa idade e tenho uma capacidade de pensar para me deixar ser usada. Nunca ninguém vai me usar. Infelizmente, aconteceu e eu dei esta entrevista, agora espero esclarecer tudo isso com você e que fique muito claro que eu não recebi dinheiro, que eu não sou milionária, que eu não compactuei com ninguém – afirmou.
Sobre o suposto envio de dinheiro por FHC ao Exterior, Mirian disse que era destinado ao pagamento da mensalidade escolar dos filhos.
– Desde que meu filho entrou na escola, ele (Fernando Henrique Cardoso) queria pagar os estudos do Tomás. Eu não concordava com isso, mas depois fui convencida a aceitar isso, afinal o dinheiro não era para mim, era para a educação. Então eu impus a condição de que ele pagasse o do Tomás e da Isadora. Pois eu não queria um filho numa escola particular e outro na pública (…) Era esse dinheiro que entrava para a escola, eu não recebia pois eu tinha trabalho – destacou a jornalista.
Ao ser perguntada sobre como se sente em relação a acusações de que o filho dela não seria de FHC, a jornalista foi breve:
– Isso é problema meu. Não é problema as pessoas. As pessoas têm que cuidar do seu próprio narizinho. E deixar a vida das pessoas seguir adiante.
