O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso revelou a interlocutores que apoiará o PSDB a ocupar cargos em um eventual governo do vice-presidente Michel Temer, como aconteceu no governo Itamar Franco. A posição reforça a tese defendida pelo grupo do senador José Serra, que é cotado para assumir uma pasta de peso. A decisão do partido será anunciada após uma reunião da executiva do partido marcada para o dia 3 de maio.
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Dividida sobre a participação em um eventual governo Michel Temer (PMDB), a cúpula do PSDB criou um grupo no aplicativo de mensagens Whatsapp para que os integrantes de sua direção executiva, que conta com 37 membros, debatam internamente a questão antes da reunião decisiva da sigla, marcada para o dia 3 de maio.
Em uma indireta ao senador Aécio Neves e ao governador Geraldo Alckmin, que são contra o partido aceitar cargos, o ex-governador Alberto Goldman (SP), vice-presidente do PSDB, diz que, nesse momento, o ano de 2018 "não pode estar no horizonte".
– O PSDB entra com tudo ou nada. Não adianta colocar meio corpo. 2018 não pode estarem nosso horizonte – afirma.
*Estadão Conteúdo