O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) negou ter ofendido o colega Jean Wyllys (PSOL-RJ) na sessão na Câmara dos Deputados que aceitou o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff no domingo. Durante a votação do processo, o parlamentar do PSOL tentou cuspir em Bolsonaro, mas acertou Luís Carlos Heinze (PP-RS).
– Apenas acenei, dei um tchauzinho, e ele resolveu voltar e desferiu uma cusparada – afirmou o deputado do PSC em entrevista à Rádio Gaúcha nesta segunda-feira.
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Contatado pela emissora, Wyllys declarou que Bolsonaro o insultou com palavras como "baitola", "veado" e "queima-rosca". Além de negar essa versão, o deputado do PSC disse que entrará, na tarde desta segunda ou na terça-feira, com uma representação no Conselho de Ética da Casa contra o ex-integrante do reality show Big Brother Brasil.
– Estou vendo os jornais. Ele diz que tentei segurá-lo violentamente. Ninguém tentou segurar o nobre deputado Jean Wyllys – mencionou.
No domingo, ao votar a favor do impeachment de Dilma, Bolsonaro homenageou o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, que chefiou o Doi-Codi –órgão de repressão do Exército durante a ditadura militar.
Questionado sobre o elogio a Ustra, que morreu em outubro de 2015, o deputado declarou que as críticas são feitas pelo "pessoal que vive do lado da esquerda" e que venera o ex-presidente cubano Fidel Castro.
– Elogiei o Ustra. Ele é um herói brasileiro – definiu.
Apesar de ser conhecido pelos elogios ao regime militar, Bolsonaro ressaltou que adora a democracia e se disse contra a tortura e ditaduras.
Ouça a entrevista de Jair Bolsonaro à Rádio Gaúcha: