Utilizado como argumento contra o processo de impeachment por parlamentares governistas, a suposta vingança de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) voltou a ser assunto comentado minutos antes de a sessão de votação começar no Plenário, às 14h deste domingo. Desta vez, foi o próprio presidente da Câmara dos Deputados quem tratou de se defender das acusações.
– Dos 50 pedidos de impeachment, eu rejeitei 39. Como é que você vai dizer que isso é vingança? A suposta prática do crime existiu e vai ser apurada e depois julgada pelo Senado Federal se a Câmara autorizar. Não tem vingança nenhuma. Falam do Conselho (de Ética). Eles só julgaram algo contra mim 13 dias depois que eu abri o processo – alegou.
Leia também
Os desafios para o futuro do Brasil
Cunha pressionava por parcelas atrasadas de propina, diz delator
As acusações começaram depois que Cunha aceitou o processo de impeachment quando a bancada do PT votou favoravelmente pela abertura do processo pela cassação do mandato dele na Comissão de Ética da Câmara dos Deputados.
Cunha ainda destacou que o resultado da votação deve sair entre 21h30min e 22h deste domingo. A Câmara autoriza a abertura de processo de impeachment caso a oposição consiga pelo menos 342 votos. Cada deputado terá apenas 10 segundos para manifestar o seu voto ao microfone aberto. Eles serão chamados em voz alta.