Além de manter um ritmo crescente na produção de vinhos finos de altitude, a região serrana catarinense também enfrenta o desafio de desenvolver o enoturismo. Os exemplos mais citados pelos produtores são áreas mundialmente conhecidas pela excelência no ramo, como a região de Bordeaux, na França, e o Napa Valley, na Califórnia.
– O vinho talvez seja o maior alavancador em uma cadeia de turismo. Ele desencadeia uma série de novas empresas, que geram desenvolvimento humano e social. É isso que queremos fazer aqui na Serra e no Planalto do Contestado – diz Amorim, lembrando investimentos em restaurantes, transportes e hotéis.
Para o presidente da Santur, Valdir Walendowsky, o enoturismo tem relação íntima com qualidade de vida, já que as principais regiões do mundo com turismo ligado à produção de vinhos possuem alguns dos maiores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH).
– É o que eu sempre digo: o enoturismo qualifica o destino. No longo prazo, ele aumenta o IDH da região – afirma.
Nesse sentido, a escolha da Serra para a produção de vinhos pode garantir um novo ciclo econômico para toda a região, que perde importância econômica desde a década de 1950 com o declínio do setor madeireiro.
– A Região Serrana e o Planalto do Contestado possuem os piores IDHs do Estado. O enoturismo é a grande chance de proporcionar mais desenvolvimento econômico social não somente para São Joaquim, mas para 11 municípios no entorno – finaliza Amorim.