O marqueteiro João Santana e sua mulher, Mônica Moura, não embarcaram neste domingo em um voo que partiu da República Dominicana com destino ao Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Segundo investigadores, eles compraram os bilhetes, mas não compareceram no momento do embarque. O voo registrou "no show", quando o passageiro não comparece ao check-in ou ao embarque.
Com isso, o casal se livrou do constrangimento de ser preso em casa pela 23ª fase da Operação Lava-Jato, deflagrada nesta segunda-feira. A compra da passagem foi monitorada pela Polícia Federal (PF).
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O jornal O Estado de S.Paulo apurou que os publicitários já informaram ao advogado que retornarão ao Brasil "o mais breve possível" para se entregar às autoridades. A Polícia Federal entrou em contato com a República Dominicana, onde estão os publicitários trabalhando na campanha para a reeleição do presidente Danilo Medina. Se não houver comunicado da defesa sobre o paradeiro dos publicitários, a PF os considerará foragidos até o fim do dia.
No sábado, os criminalistas que defendem os publicitários haviam informado ao juiz Sérgio Mouro, por meio de petição, que João Santana estava à disposição da Justiça para ser ouvido e "evitar conclusões precipitadas e prevenir danos irreparáveis que costumam se seguir a elas".
A Polícia Federal cumpre 51 mandados decretados pelo juiz federal Sérgio Moro. São duas prisões preventivas e seis temporárias.