Um empresário que atropelou uma mulher em Balneário Camboriú está pedindo na Justiça que a vítima pague pelos prejuízos dos veículos atingidos na colisão. A ação alega que a mulher estaria atravessando a rua em local inadequado quando o motorista a atropelou. A audiência de conciliação está marcada para esta quinta-feira no fórum da cidade.
O acidente ocorreu em 30 de novembro de 2014, quando Márcia Bina, 38 anos, se preparava para uma corrida de rua na Barra Sul. O boletim de ocorrência apontou que o motorista Augusto Faust Peron, 31 anos, estava embriagado e não quis fazer o teste de bafômetro. Laudos periciais também confirmaram que havia maconha e outra substância no veículo do empresário de Florianópolis.
Márcia relembra que era por volta das 7h quando foi atropelada. Ela estava voltando para o carro para buscar uma camiseta e, ao sair da calçada para acessar a porta do motorista, viu um veículo desgovernado vindo em sua direção. Conforme a ocorrência, o carro deu um “cavalo-de-pau” na pista e acabou prensando a vítima contra os veículos.
– Eu sequer estava atravessando a rua, tinha saído da calçada para entrar no meu carro – conta.
Márcia fraturou duas vértebras da coluna, quadril, joelho e ligamentos – as lesões a deixaram 70 dias deitada em uma cama. Com ajuda de dois médicos, dois fisioterapeutas, um professor de educação física e um psicólogo, conseguiu voltar a andar e a correr.
Mais de um ano depois do acidente, a denúncia contra o motorista ainda não foi apresentada pelo Ministério Público e o processo judicial continua correndo. Também estão tramitando dois processos cíveis: um de danos movido por Márcia e outro que pede o ressarcimento dos prejuízos movido pelo empresário.
O advogado de Peron, Jonas de Souza, disse que prefere não se manifestar sobre o processo no momento.