O novo líder do PT na Câmara, deputado Afonso Florence (BA), disse nesta quinta-feira que as prioridades da bancada são rejeitar a tentativa de impeachment da presidente Dilma Rousseff e aprovar medidas econômicas que ajudem o Brasil a retomar o desenvolvimento com a geração de emprego e aumento do poder aquisitivo da população. De acordo com o líder petista, o pedido de impeachment está baseado em elementos não comprovados e não se enquadra na legislação vigente.
– Por isso, é golpe. Nosso propósito é, com a manutenção dos direitos trabalhistas e sociais, concluir o processo que a presidente (Dilma Rousseff) falou da transição do ajuste para uma reforma fiscal. Com isso, teremos condições orçamentárias de incrementar os investimentos públicos e propiciar um ambiente macroeconômico favorável ao investimento privado e retomar uma dinâmica de geração de emprego e do poder aquisitivo da população. Essa é nossa agenda para 2016.
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Sobre a reforma da Previdência Social, Afonso Florence informou que há uma decisão do PT de apostar nas propostas a serem apresentadas pelo grupo de trabalho coordenado pelo Ministério do Trabalho, com a participação das centrais sindicais. Segundo ele, a sociedade brasileira tem de debater a reforma da Previdência e reconhecer que apenas as contribuições de segurados e patrões dificilmente "darão saúde financeira ao regime geral da Previdência".
– Temos de debater medidas tributárias, medidas que permitam que a sociedade financie o regime geral (da Previdência), de modo que o país possa, como a presidente Dilma disse na leitura da mensagem ao Congresso, preservar esse instituto tão importante que é o regime geral da Previdência.
Florence acrescentou que a aprovação das propostas de recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e da Desvinculação das Receitas da União (DRU) são fundamentais para o país e devem ocorrer no menor espaço de tempo.
– É urgente aprovar a DRU e a CPMF.
Sobre o comportamento da bancada com o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Florence afirmou que o PT continua com a mesma orientação do ano passado, de se posicionar no sentido de investigar onde houver indícios substantivos de denúncias.
– Há indícios consistentes de que ele (Cunha) tem conta na Suíça, de que mentiu e, portanto, o Conselho de Ética deve prosseguir nas investigações – concluiu.