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Foto: Fernando Gomes/Agência RBS
Milhares de trabalhadores brasileiros começaram o ano com o coração na mão. A incerteza que paira sobre o futuro - deles e da economia do país - impediu que fizessem grandes planos para 2016. Eles querem apenas poder retomar a rotina: acordar cedo, ir ao trabalho e voltar para a casa. Mas não há garantias de que um desejo tão simples possa se concretizar. Os prognósticos para os próximos meses são pouco animadores. Inflação, juro alto e desemprego devem continuar tirando o sono, alertam especialistas.
O ano terminou com quase 33 mil pessoas em todo o país em regime de layoff - ou seja, com seus contratos de trabalho suspensos temporariamente. Reflexo da crise econômica, esse número aumentou 62% em relação a 2014 e supera, inclusive, o recorde de 2009, no auge da recessão internacional. O mecanismo, previsto na legislação desde o fim dos anos 1990, visa evitar demissões nas empresas, que reduzem custos ao deixar de pagar encargos e salários por um perío­do de até cinco meses.
Durante o afastamento, os trabalhadores precisam fazer um curso e recebem até cinco parcelas de uma bolsa qualificação, uma modalidade de seguro-desemprego que custou R$ 143,3 milhões ao deficitário
Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) em 2015. Após o layoff (que pode ser prorrogado por mais cinco meses, com os custos da bolsa arcados pela empresa), os funcionários podem ser demitidos e perdem o direito de receber o seguro-desemprego. É o que mais tem gerado apreensão.
- O layoff é uma demissão temporária. Em tempos de crise, esse mecanismo dá uma sobrevida tanto para a empresa quanto para o trabalhador. Dos males, o menor. O funcionário passa por uma reciclagem, e as companhias fazem uma economia significativa de recursos - avalia o professor Giácomo Balbinotto Neto, do Departamento de Economia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), especializado em mercado de trabalho.
Durante 2015, 1,4 mil foram atingidos pela medida no RS
No Rio Grande do Sul, quase 1,4 mil empregados foram colocados em lay­off ao longo de 2015. Em anos recentes, esse número foi zero. O recorde havia sido registrado em 2009, quando três companhias suspenderam por um período os contratos de 178 trabalhadores. Agora, são nove empresas. Todas fazem parte da cadeia metalmecânica, um dos setores mais prejudicados pela crise econômica, apesar dos incentivos do governo federal nos últimos anos. Até o mês de novembro, essa indústria no Estado registrou 54,2 mil demissões em 2015.
- Quem se encontra em layoff se sente entristecido, um pouco abandonado. Eles se entendem como trabalhadores descartados, que não têm quase nenhuma possibilidade de retornar para o chão da fábrica - diz Jorge Luiz Silveira de Carvalho, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Charqueadas (Sindimetal).
O retorno para a sala de aula também não está sendo fácil para os trabalhadores afetados. Muitos deixaram os estudos de lado há décadas. Agora, precisam aprender a recomeçar. De acordo com Carvalho, a nova condição de aluno, somada às incertezas, provoca um desgaste psicológico que faz com que alguns acabem faltando às classes. O problema é que, para receber a bolsa qualificação, é exigida frequência mínima de 75%. Como uma bola de neve, as dificuldades vão se somando e se avolumando.
Nas últimas semanas, a reportagem de Zero Hora conversou com quatro funcionários das fábricas da General Motors (GM), em Gravataí, e da Gerdau, em Charqueadas, que estão em layoff. Dois deles, da Gerdau, estão afastados do trabalho desde julho, e os outros, desde dezembro. Peças mais frágeis da engrenagem econômica, esses trabalhadores estão tendo de cortar gastos, rever planos e até fazer bicos para complementar a renda.
Empresas em layoff no RS em 2015:
Gravataí
- Android Montagens Automotivas
- Gestamp Indústria de Autopeças
- AVManufacturing
- TI Indústra e Comércio
- Pirelli Pneus (dois pedidos de layoff)
- General Motors
Canoas
- Johnson Controls
Charqueadas
- Gerdau Aços Especiais
Um fruto da Grande Depressão
-A suspensão temporária do contrato de trabalho (layoff) foi implementada no país em 1998, sob forma de medida provisória. O objetivo era flexibilizar a legislação trabalhista e, assim, reduzir a taxa de desemprego, que era de 9% naquele ano.
- A expressão layoff começou a ser utilizada nos EUA na época da Grande Depressão, nos anos 1930. No Brasil, o mecanismo está previsto no artigo 476 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e permite a redução imediata de custos para a empresa durante uma crise.
-O contrato poderá ser suspenso por período de dois a cinco meses, mediante previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho. Empresa e sindicato podem definir, nesse acerto, critérios adicionais para o layoff, que só pode ocorrer uma vez a cada 16 meses.
- O trabalhador terá de participar de curso de qualificação oferecido pelo empregador, com duração equivalente à suspensão contratual. O prazo de até cinco meses poderá ser prorrogado por igual período, desde que a empresa arque com o custo do programa.
- Durante o layoff, o empresário deixa de pagar salários e encargos. O trabalhador recebe uma bolsa qualificação, cujo valor corresponde ao da parcela do seguro-desemprego, limitado a R$ 1.380. Para receber o benefício, que é uma modalidade do seguro-desemprego, pago pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), o funcionário deve ter frequência mínima de 75% no curso.
"O pior de tudo é a indefinição"
Faltava uma semana para o Natal. Para que a data não passasse em branco no lar simples e de madeira, a dona de casa Gabriela Figueiró Chaves, 21 anos, e o filho Kauãn, de dois anos, improvisaram um pinheirinho com caixas de ovos coloridas com tinta. Embaixo da árvore, pequenas embalagens de remédio decoradas simulavam os presentes que, desta vez, em razão da crise, não seriam comprados. A cena era o resumo de um 2015 marcado pela apreensão e pelas dificuldades financeiras para a família do operador Fabiano Machado Pereira, 34 anos, um dos cem trabalhadores da fábrica da Gerdau, em Charqueadas, na Região Metropolitana, em layoff desde julho.
Técnico em eletromecânica, ele deveria voltar a trabalhar em dezembro, mas a suspensão temporária dos contratos foi estendida até março, e mais cem operários foram incluídos no programa, a partir de outubro. Conforme a empresa, "essa decisão foi tomada com o objetivo de preservar os empregos existentes frente à necessidade de ajustar a produção à baixa demanda de mercado, principalmente da indústria automotiva no Brasil".
Assim como o layoff, também foi prorrogado o clima de incerteza com o qual a família convive há cinco meses. Pereira não tem segurança de que, em março, irá retornar à empresa onde trabalha há cinco anos ou se terá que buscar outro emprego. Ele sabe que tudo vai depender da recuperação da economia brasileira.
- Vejo esse ano de 2015 como um dos piores da minha vida. Assim como meus colegas, estou com o coração na mão. Sabemos que as perspectivas são negativas, que a situação não vai melhorar do dia para a noite, e a preocupação é muito grande. Somos chefes de família, temos contas para pagar - lamentou o trabalhador, conhecido como Índio.
Segundo ele, devido ao layoff, a renda da família diminuiu aproximadamente 30%, já que não recebe mais hora extra e adicional noturno. Com isso, nos últimos meses, se viu obrigado a fazer bicos e passou a dividir seu tempo entre o curso que precisa fazer para receber o salário e serviços como pintura, corte de grama, limpeza de pátios e poda de árvores.
Diz sentir-se mais cansado hoje, pois precisa estar sempre em busca de trabalho extra para complementar a renda, do que quando estava na empresa. É que as principais contas do mês - aluguel, mercado, fraldas, água e luz - mais os dois empréstimos que teve de fazer após sofrer um acidente de trabalho, em 2011, ultrapassam os R$ 1.380 que recebe do governo, como bolsa qualificação, mais um complemento de R$ 40 da empresa.
Embora reconheça a importância de retomar os estudos, diz estar sendo difícil retornar à sala de aula depois de tanto tempo:
- Na vida, tudo tem uma época.
Pelo segundo ano, o casal, natural de São Jerônimo, não consegue vaga para o filho de dois anos e 10 meses na creche municipal. Sem ter com quem deixar a criança, a jovem Gabriela - que não concluiu os estudos e antes de engravidar fazia faxinas - não tem como procurar emprego.
A família vive apenas com os rendimentos do marido. Em 2015, também tiveram de recorrer a amigos e familiares para conseguir pagar contas.
- O pior de tudo é a indefinição. Não sabemos o que nos espera. Sabemos que podemos ser demitidos e, ao mesmo tempo, que não será tão fácil ter oportunidade no mercado de trabalho com essa crise que está instalada - ressalta Pereira.
"Eu sou totalmente otimista"
Desde julho, quando entrou em layoff, o técnico em eletromecânica Ronaldo Fernandes, 36 anos, tem feito pelo menos uma entrevista de emprego e enviado em média cinco currículos por mês. Atuando na unidade da Gerdau em Charqueadas há seis anos, conta que a orientação para que buscasse outras oportunidades partiu da própria chefia, devido à expectativa de que ocorram demissões no retorno ao trabalho.
Mas a resposta das empresas é sempre a mesma: "no momento, não há vagas", ou "a pré-seleção é para o ano que vem (2016)". Mesmo assim, ele não esmorece.
- O negócio é dançar conforme a música. Sou totalmente otimista - disse ele, que está fazendo curso de atualização em elétrica e considera importante a qualificação.
Nos primeiros dias em que ficou em casa, Fernandes se sentia incomodado, mas, com o tempo, foi se acostumando com a nova rotina. Solteiro e sem filhos, passou a cuidar mais da casa e dele mesmo. Começou a frequentar a academia nos mesmos horários e a se reunir com um grupo de amigos toda semana. Para evitar contratempos, todos os gastos são controlados na ponta do lápis, conta:
- Viver em layoff é nunca saber o que vai acontecer depois. No meu caso, estou tentando encarar como se estivesse de férias, pois estou recebendo o mesmo que antes. Então, estou focado em fazer coisas que não conseguia enquanto estava trabalhando.
Recentemente, Fernandes foi surpreendido ao ser contatado por uma agência de modelos de Porto Alegre. Ele até pensou ter recebido a mensagem por engano. No fim, em razão da curiosidade e do tempo disponível, aceitou fazer teste e material de divulgação "para ver no que vai dar":
- Estou parado mesmo. Não tenho nada a perder.
"Tenho colegas que chegam a chorar na aula"
Foto: Félix Zucco/Agência RBS
No dia 1° de dezembro, o metalúrgico Alessandro Lopes da Silva, 36 anos, olhou para o relógio e teve um sobressalto. Os ponteiros marcavam 22h. Era naquele horário que, por dois anos, desde que trocou de turno para auxiliar a esposa nos cuidados com o filho, costumava sair de casa, na zona sul de Porto Alegre, para trabalhar na fábrica da General Motors (GM), em Gravataí, na Região Metropolitana.
A partir daquela terça-feira, a rotina mudaria pelos próximos cinco meses. Era o primeiro dia de layoff para ele e mais 824 colegas. Silva deparava pela primeira vez com o peso daquela "palavra estranha, americana" que, até então, tinha ouvido falar algumas poucas vezes.
- A empresa foi categórica, e disse: "Ou entra em layoff ou é demissão em massa, pois não temos mais alternativas para fugir da crise". O pátio estava estocando cada vez mais, e a gente produzia mais do que vendia. Para mim, foi um baque grande. Pensei: meu Deus, o que vai ser de nós? - relata o trabalhador.
Quando conversou com a reportagem, Silva estava afastado temporariamente do trabalho havia três semanas, ainda tentando se readaptar e procurando novos afazeres, além dos domésticos. O apartamento estava impecavelmente limpo e organizado. O metalúrgico contou que procura ser otimista, mas admitiu que tem seus "momentos de tristeza e de abatimento", principalmente quando está sozinho em casa. Sentado no sofá da sala, sem nada para fazer, paira sobre ele uma nuvem de dúvidas quanto ao futuro.
- Tem colega tomando antidepressivo, porque não sabe se vai ficar na empresa, o que vai acontecer. A gente ouve muitos boatos, que outras empresas entraram em layoff e, depois, no retorno, demitiram. Será que vai acontecer isso com a gente também? Até tento passar uma mensagem que tranquilize, mas tenho colegas que chegam a chorar na sala de aula - conta ele, que está na GM há nove anos.
Silva trabalha desde os 18 anos e nunca ficou mais do que dois meses parado. Não imagina como vai reagir ao longo dos próximos meses. Por enquanto, ocupa o tempo com o curso oferecido pela empresa, mas teme pela sua segurança, já que precisa atravessar a cidade para assistir às aulas. Dias atrás, o ônibus em que estava foi assaltado. Por sorte, os passageiros foram poupados, e os bandidos levaram apenas o dinheiro do cobrador.
Por enquanto, procurar outro emprego ou fazer trabalho extra são opções que não estão nos planos. Como a mulher Rosane de Lima Brinck, 39 anos, cuida de uma idosa, ele acha que não compensaria pagar alguém para ficar com o filho Otávio, oito anos. Mas a preocupação com a possibilidade de o metalúrgico ficar desempregado é permanente. O casal divide as despesas, mas teme não conseguir dar conta das prestações do apartamento e da mensalidade da escola do filho.
Como ainda não recebeu o primeiro pagamento após a suspensão temporária de contrato de trabalho, não tem certeza se o salário - que na verdade é bolsa qualificação mais um complemento da empresa - virá ou não com descontos. Na dúvida, a família já começou a cortar gastos, principalmente com lazer. Depois do layoff, a ida ao cinema e os passeios em parques aos finais de semana foram substituidos por programações mais caseiras.
"Não tem clima, não tem dinheiro"
Em um mês, tudo mudou na casa de Roberto Bacchi, 36 anos, e Eloir da Silva, 34 anos. Almoços e jantares fora de casa foram cortados, os presentes de Natal viraram lembrancinhas, o carro passou a ficar mais na garagem e a viagem de férias de verão da família teve de ser cancelada.
- Não tem clima, não tem perspectiva, não tem dinheiro - justifica o técnico em manutenção, um dos cerca de 800 trabalhadores da fábrica da General Motors, em Gravataí, colocados em layoff por cinco meses, entre dezembro e abril.
A mulher Eloir também trabalha na unidade, como operadora de produção, mas o seu turno não foi afetado pela suspensão. A situação menos dramática não significa alívio - ao menos agora, enquanto as coisas não se normalizarem.
- Está todo mundo apreensivo, com medo de que, no final de abril, saia outra turma (em layoff). Quem está trabalhando tem medo de ser demitido. Penso que tenho que me puxar mais, pois ele (o marido) está em casa, não tem perspectiva se vai ficar ou não empregado. Então, para mim, é uma grande responsabilidade - avalia ela.
Natural de Sananduva, Bacchi trabalha na GM desde 2006 e foi para o terceiro turno, para fazer o horário da meia-noite às 6h, em razão de uma oportunidade que surgiu de ser promovido. Após dois anos trocando o dia pela noite, demorou para se acostumar com a nova rotina. Nos primeiros 15 dias de layoff, não conseguia dormir antes das 4h. Dúvidas, medos, sensação de impotência inundavam a mente, perturbando o sono.
- Por mais que tu tentes ser forte e pensar "não vou me abalar", daqui a pouco te pegas sozinho. Bá, e agora? É complicado. É difícil tudo isso não te afetar - relata ele.
Bacchi tenta manter o bom humor. Diz que agora virou estudante e diarista. Ele está fazendo o curso de qualificação oferecido pela GM - que entende ser uma "oportunidade de reciclagem" - e tem ficado de olho em vagas de emprego.
Mas sabe que o mercado não está fácil e que as perspectivas para 2016 não são muito otimistas. O maior receio é não conseguir dar conta das prestações do apartamento financiado e dos planos relacionados aos estudos da filha, Ana Paula, de 15 anos. Por isso, afirma que a preocupação é constante:
- Não passa, não passa. Tudo isso é de tirar o sono.
Projeções para 2016 são pouco otimistas
Em maio de 2015, milhares de automóveis fabricados pela unidade da General Motors (GM) em Gravataí lotavam o Velopark, em Nova Santa Rita, na Região Metropolitana. As fileiras de carros a perder de vista davam a dimensão da crise vivida pelo setor automobilístico no país, um dos mais prejudicados pela recessão econômica. Sete meses depois, o cenário mudou. Mas isso não significa que as dificuldades foram superadas. Está longe de ser a tão esperada luz no fim do túnel.
A GM explica que os estoques foram reduzidos devido a uma conjunção de fatores que incluem queda na produção (ao longo de 2015, foram adotadas medidas como férias coletivas e layoff) e aumento nas vendas em dezembro, puxado por uma série de promoções. A assessoria da montadora, porém, não forneceu números à reportagem.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí, no final de novembro, quando o layoff foi aprovado pelos trabalhadores em assembleia, havia aproximadamente 26 mil veículos parados no pátio da fábrica e em outros locais alugados pela montadora, como o Velopark. Atualmente, esse número teria caído para 5 mil.
Conforme o presidente do sindicato, Valcir Ascari, com a suspensão temporária de contratos, a produção da unidade foi reduzida em cerca de 20%. Na época em que o layoff foi aprovado, a GM informou, em nota, que a medida era "necessária para adequar a produção à atual demanda do mercado brasileiro, que registra queda superior a 43% desde dezembro de 2012".
Opção pelo layoff deverá aumentar
Com o consumo em baixa, crédito restrito e desemprego em alta, as projeções do setor para 2016 são pouco otimistas. A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) aposta em estabilização das vendas e projeta retomada para o final do segundo semestre. Já a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) aponta para o quarto ano consecutivo de queda do mercado nacional de veículos, com recuo previsto de 5,2%.
Conforme o economista Giácomo Balbinotto Neto, da UFRGS, com a persistência do quadro de recessão, a tendência é de que a quantidade de trabalhadores em layoff aumente, assim como as demissões. Balbinotto classifica como "tenebrosa" a situação do mercado de trabalho em 2016 e afirma que a recuperação, se vier, será em 2017 ou 2018. Entidades que representam os metalúrgicos temem pelo pior.
- O empregador faz tudo o que pode para segurar mão de obra qualificada. Mas sabemos que, se a economia não der sinal de melhora no primeiro semestre, haverá dispensa de funcionários. Estamos bem preocupados - diz o presidente da Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos do Rio Grande do Sul (Fetrameiag-RS), Elvio de Lima.
- Vamos ter que brigar muito para manter os empregos - complementa Ascari, do sindicato de Gravataí.