A comerciante Ana Allen, 54 anos, olhava incrédula o monte de ferros retorcidos e restos de lama que até sexta-feira à noite formavam o ponto em que vendia milho e bebidas na orla do Guaíba. A tempestade que atingiu Porto Alegre na noite de sexta causou danos as 21 barracas da área, pelo menos cinco, como a de Ana, foram totalmente destruídas.
– Só a lona vai custar R$ 2 mil. Isso aqui não é como um comércio comum, a gente não tem seguro. Perdi fogão, mesa, armário, tudo – lamenta.
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Três barracas adiante, sentado em frente a um carrinho refrigerado, única coisa que sobrou do ponto, estava Sidney Monteiro Dornelles, 51 anos.
– Eu durmo na minha barraca. Ontem, resolvi pegar meu carrinho e vender algumas bebidas na muamba, que estava ocorrendo lá no Centro, quando voltei, o temporal tinha levado tudo o que eu tinha. Ao menos, estou vivo. Na segunda-feira, começo a reerguer o ponto. Agora, vou ficar aqui, com a minha cerveja e com o meu sentimento – conta ele, os olhos vermelhos.fios retorcidos e muita
* Zero Hora