Noventa e duas pessoas foram atendidas até as 8h desta sexta-feira somente em unidades médicas das cidades de Santos e Guarujá, em São Paulo, com problemas causados pela inalação de fumaça tóxica após o incêndio que atingiu, na véspera, o setor de cargas da empresa Localfrio, no Porto de Santos, no litoral paulista.
De acordo com a prefeitura de Santos, foram atendidas 26 pessoas no município, 13 delas no Pronto-Socorro Municipal e 13 no Pronto-Socorro da Zona Leste. O caso que exigiu mais cuidados, segundo comunicado oficial, é o de uma senhora de 72 anos que sofre de asma. Mais 66 pessoas receberam atendimento em unidades do Guarujá.
No período entre 6h30min e 8h desta sexta-feira, técnicos da Defesa Civil percorreram vários pontos da cidade de Santos e constataram que foi reduzida a nuvem de fumaça nos bairros. "O odor é percebido em nível moderado nas imediações da Estação das Barcas, na Praça da República, no centro", diz a nota.
Técnicos da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) estão fazendo o controle da qualidade do ar e, conforme a nota, o vento segue em direção sudoeste, o que favorece a dispersão e o afastamento da névoa tóxica.
Os bombeiros continuam trabalhando no terminal do Guarujá para conter os focos ainda existentes em 15 contêineres. O incêndio, que começou por volta das 15h de quinta-feira, foi provocado, segundo a Localfrio, por uma reação química da água da chuva com o produto ácido dicloroisocianúrico. A substância entrou em combustão e se alastrou para outros contêineres.