O homem-bomba que acionou seus explosivos em 18 de novembro durante a operação policial em um apartamento ao norte de Paris, poucos dias após os atentados de 13 de novembro, foi identificado como um belga-marroquino de 25 anos chamado Chakib Akrouh, conforme anunciou a procuradoria francesa.
Oitavo membro identificado dos comandos, Chakib Akrouh nasceu em 27 de outubro de 1990 na Bélgica e foi reconhecido por meio da comparação genética com sua mãe, informou o procurador da República, François Molins, em um comunicado.
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Os investigadores acreditam que o jovem participou dos ataques de 13 de novembro aos cafés e restaurantes no centro de Paris com o suposto mentor dos atentados, Abdelhamid Abaaoud, igualmente morto na operação policial em Saint-Denis. Cento e trinta pessoas morreram.
O homem se refugiou em seguida com Abaaoud em um apartamento de Saint-Denis, subúrbio ao norte de Paris. A polícia invadiu o apartamento em 18 de novembro e durante a operação os dois jihadistas e uma jovem, prima de Abaaoud, morreram.
Segundo uma fonte ligada ao caso, as autoridades belgas acompanhavam os passos de Chakib Akrouh, que havia partido de Bruxelas, após janeiro de 2015, para a Síria, com outras seis ou sete pessoas.
O jovem era originário do bairro de Molenbeek, em Bruxelas, e havia sido condenado à revelia em julho a cinco anos de prisão na Bélgica em um processo envolvendo uma importante célula síria, segundo a imprensa belga.
O DNA de Akrouh foi encontrado em um fuzil Kalachnikov localizado dentro de um carro Seat abandonado em Montreuil, nordeste de Paris, que foi utilizado pelo comando para matar 39 pessoas em bares e restaurantes parisienses.
Os investigadores acreditam que Akrouh, Abaaoud e outro homem de Bruxelas, Brahim Abdeslam, integravam o comando que atacou os bares e restaurantes de Paris.
Akrouh foi filmado ao lado de Abaaoud no metrô logo após os ataques em Paris.
Dos dez jihadistas que protagonizaram os atentados sangrentos oito já foram identificados. O grupo Estado Islâmico reivindicou os ataques.
*AFP