Governador em exercício durante as férias de José Ivo Sartori (PMDB), o vice José Paulo Cairoli (PSD) ressaltou na manhã desta quarta-feira que a prioridade do Piratini em 2016 é dar continuidade, com firmeza, ao processo de equilíbrio fiscal do Estado.
Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, Cairoli afirmou que o Poder Executivo seguirá pautado pela "calma e serenidade" – que, segundo ele, são as marcas da atuação política de Sartori.
– Temos que estar preocupados com o Estado, com uma defesa firme. Para alguns, ela é lenta, mas, para nós, firme. O Sartori foi eleito do jeito dele, e é assim que vamos trabalhar– argumentou.
Cairoli também destacou que lhe causa frustração ver o quadro financeiro gaúcho do "jeito que está". Para o ele, o governo deve se preocupar com setores "básicos" que impactam na vida da população.
– O Estado tem que realizar as funções básicas, que são educação, saúde e segurança, além de dar condições para empreendedores – explicou.
O governador em exercício também comentou que a discussão sobre o novo valor do salário mínimo regional no Rio Grande do Sul foi estendida para fevereiro. Segundo ele, a intenção é buscar um acordo entre o que é reivindicado pelos trabalhadores e aquilo que as entidades empresariais podem oferecer. Se isso não ocorrer, disse Cairoli, a decisão terá que ser política.
– O que foi proposto é que houvesse uma tratativa do secretário Miki Breier (do Trabalho e Desenvolvimento Social), negociando com sindicatos dos trabalhadores, e o secretário Fabio Branco (do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia), dialogando com entidades empresariais, para chegar perto de um consenso. É um processo de maturação e amadurecimento de todas as partes – salientou.
Para que um novo valor possa entrar em vigor, é necessário que o Piratini encaminhe um projeto para a Assembleia Legislativa. Depois, o texto precisa ser aprovado pelos deputados. A data-base para os reajustes é 1º de fevereiro.
Em negociações recentes, os trabalhadores pediram inicialmente aumento de 11,55%, mas os empresários rejeitaram. O mínimo atual parte de R$ 1.066.